Notícia

Pesquisadores encontram correlação entre obesidade e problemas de saúde mental em adolescentes

Fonte

Universidade Lund

Data

terça-feira, 26 janeiro 2021 11:30

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Materno Infantil. Saúde Pública

Tanto a obesidade quanto as doenças mentais aumentaram entre os jovens durante os anos 2000. Pesquisadores observaram há muito tempo uma conexão entre obesidade e TDAH –  depressão – transtornos alimentares, mas raramente foi estudada.

O presente estudo, publicado na revista científica Acta Paediatrica, envolveu 48 adolescentes (73% meninas), com idade média de 15 anos e IMC médio de 42,  que é obesidade grave. Metade dos participantes recebeu tratamento médico para obesidade, enquanto a outra metade foi submetida a cirurgia.

Os pais dos adolescentes responderam a questionários para medir os sintomas de TDAH e autismo de seus filhos. Os próprios adolescentes responderam a questões sobre compulsão alimentar e sintomas de depressão.

Os resultados mostram que mais da metade dos pais estimaram que seus filhos adolescentes apresentavam dificuldades semelhantes ao TDAH e ou autismo, apesar de apenas alguns deles terem sido previamente diagnosticados com essas condições.

“Os sintomas de TDAH significam que a pessoa tem dificuldade para controlar os impulsos. Isso aumenta o risco de comer sem sentir fome e a tendência de optar por soluções rápidas, como fast food ”, disse a Dra. Kajsa Järvholm, pesquisadora de psicologia da Universidade Lund, na Suécia e da Universidade de Gotemburgo. 

“Pessoas com autismo às vezes são mais seletivas em sua alimentação do que outras. Aceitam apenas alguns pratos, mas podem comer mais por isso ”, afirma a pesquisadora.

Um quinto dos adolescentes relatou sintomas de depressão. Um terço deles relatou problemas com compulsão alimentar, que é uma perda de controle que resulta na ingestão de grandes quantidades de alimentos em pouco tempo.

“Ao contrário do que esperávamos, os adolescentes com dificuldades neuropsiquiátricas não tiveram mais problemas de compulsão alimentar e depressão do que os outros adolescentes do grupo”, disse a Dra. Järvholm.

Em conjunto, as informações fornecidas pelos pais e adolescentes revelaram que dois terços dos pacientes do estudo apresentavam dificuldades decorrentes de problemas neuropsiquiátricos, compulsão alimentar e ou depressão.

Os pesquisadores acreditam que os resultados revelam a necessidade de personalizar os tratamentos para adolescentes com obesidade grave, já que a maioria também relatou doenças mentais.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Lund.

Fonte: Kajsa Järvholm, Universidade Lund.  Imagem: Freepik.

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