Notícia

Probióticos podem ajudar a controlar a obesidade infantil

Estudo descobriu que crianças obesas  que foram submetidas a uma dieta restrita em calorias e receberam probióticos perderam mais peso e melhoraram a sensibilidade à insulina em comparação com crianças que receberam apenas dieta

 

Freepik

Fonte

Sociedade Europeia de Endocrinologia

Data

terça-feira, 15 setembro 2020 13:35

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Funcional

Probióticos podem ajudar crianças e adolescentes com obesidade a perder peso quando consumidos junto com uma dieta controlada de calorias, de acordo com estudo apresentado no Congresso Europeu de Endocrinologia (e-ECE 2020).

Estudo descobriu que crianças obesas  que foram submetidas a uma dieta restrita em calorias e receberam probióticos Bifidobacterium breve BR03 e Bifidobacterium breve B632, perderam mais peso e melhoraram a sensibilidade à insulina em comparação com crianças que receberam apenas a dieta. Essas descobertas sugerem que suplementos probióticos e uma dieta com controle calórico pode ajudar a controlar a obesidade na população mais jovem e reduzir riscos futuros à saúde, como doenças do coração e diabetes.

Obesidade é um problema de saúde global e pode levar a uma série de condições de risco de vida, como diabetes e doenças cardíacas. Tratamento e prevenção são um sério desafio para a saúde pública, especialmente em crianças e adolescentes. Bifidobactérias são um grupo de bactérias probióticas que fazem parte natural do microbioma intestinal e ajudam a prevenir a infecção de outras bactérias, como E.coli, e na digestão de carboidratos e fibra alimentar. Durante a digestão, eles liberam substâncias químicas chamadas de ácidos graxo de cadeia curta, que desempenham um papel importante na saúde intestinal e no controle da fome. Baixo número de bifodobactérias podem prejudicar a digestão, afetar a ingestão de alimentos e o gasto de energia, levando ao ganho de peso corporal e obesidade.

Estudos anteriores sugeriram que a suplementação de probióticos com Bifidobacteria podem ajudar a restaurar o composição do microbioma intestinal, que podem auxiliar na perda de peso e podem ser uma abordagem potencial para o tratamento da obesidade. No entanto, a pesquisa atual usa misturas de diferentes cepas de probióticos e não examina os efeitos da administração de Bifidobactérias isoladamente.

A pesquisadora Dra. Flavia Prodam e sua equipe da Universidade do Piemonte Oriental, na Itália, avaliaram o impacto de tratamento probiótico de bifidobactérias em crianças e adolescentes com obesidade, em dieta controlada, em perda de peso e composição da microbiota intestinal. A pesquisa foi realizada com 100 crianças e adolescentes obesos (6-18 anos) que foram submetidos a uma dieta com controle de calorias e receberam aleatoriamente probióticos Bifidobacterium breve BR03 e Bifidobacterium breve B632 ou um placebo por 8 semanas. Amostras clínicas, bioquímicas e análises de fezes foram realizadas para determinar o efeito da suplementação de probióticos no ganho de peso, microbiota intestinal e metabolismo.

Os resultados sugeriram que crianças que tomaram probióticos tiveram uma redução na circunferência da cintura, IMC, na resistência à insulina e na E. coli no intestino. Esses efeitos benéficos demonstram o potencial de probióticos no auxílio ao tratamento da obesidade em crianças e adolescentes, quando submetidos a restrições alimentares.

“Suplementos probióticos são freqüentemente administrados a pessoas sem dados de evidência adequados. Estes achados começam a dar evidências da eficácia e segurança de duas cepas probióticas no tratamento da obesidade em uma população jovem ”, disse a Dra. Flávia Prodam.

O estudo sugere que a suplementação com probióticos pode modificar o ambiente do microbioma intestinal e afetar beneficamente o metabolismo, ajudando crianças ou adolescentes obesos que também estão passando por um dieta restrita para perder peso. No entanto, são necessários mais estudos para investigar isso.

A Dra. Flávia Prodam explica: “O próximo passo de nossa pesquisa é identificar os pacientes que poderiam se beneficiar com este tratamento probiótico, com o objetivo de criar uma estratégia de emagrecimento mais personalizada. Nós também queremos decifrar mais claramente o papel da dieta e dos probióticos na composição do microbioma. Isso poderá nos ajudar a entender como a microbiota é diferente em jovens com obesidade.

Acesse a notícia na página da Sociedade Europeia de Endocrinologia (em inglês).

Fonte: Sociedade Europeia de Endocrinologia (materiais do Congresso da Sociedade Europeia de Endocrinologia).  Imagem: Freepik.

 

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