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Crianças que entram mais cedo na puberdade correm maior risco de obesidade

Estudo liderado pelo Instituto de Saúde Pública da U.Porto avaliou cerca de 4500 crianças que integram a coorte Geração XXI

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Fonte

UP | Universidade do Porto

Data

segunda-feira, 14 outubro 2019 10:50

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

Estudo liderado por pesquisadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluiu que as crianças que apresentam um estado pubertário mais avançado, ou seja, que entram na puberdade mais cedo, estão em maior risco de desenvolverem obesidade e complicações cardiometabólicas.

Segundo a Dra. Maria João Fonseca, primeira autora da investigação, “existem vários estudos, realizados sobretudo em mulheres, que mostram que o desenvolvimento pubertário precoce influencia negativamente a saúde cardiometabólica na vida adulta. No entanto, alguns estudos sugerem que esta associação poderá ser explicada pelo já maior nível de adiposidade prévia nestas crianças”.

A pesquisa do ISPUP, publicada na revista científica  Adolescent Health, procurou esclarecer várias questões, nomeadamente, se “a associação entre um estado pubertário mais avançado e o risco cardiometabólico se verifica já aos 10 anos de idade, se esta associação é manifestada igualmente em raparigas e rapazes, e se é independente da adiposidade prévia da criança”, continua a investigadora.

O trabalho avaliou o estado pubertário de cerca de 4500 crianças que integram a coorte Geração XXI – um estudo longitudinal que segue, desde 2005, 8600 participantes que nasceram nas maternidades públicas da Área Metropolitana do Porto.

Os pesquisadores avaliaram o estado pubertário das crianças aos 10 anos de idade, através da escala de Tanner, o que incluiu a avaliação dos pelos públicos e do volume mamário ou testicular, nas raparigas e nos rapazes, respetivamente. Adicionalmente, observaram os seus indicadores cardiometabólicos e a adiposidade total e central (abdominal).

Apostar na prevenção

Verificou-se que, independentemente do nível de adiposidade prévia, as meninas com um estado pubertário mais avançado apresentaram maior adiposidade total e central e níveis superiores de glicose, insulina e HOMA-IR, o que pode indicar já alguma alteração no metabolismo da glicose. Já os meninos revelaram ter maior gordura total e central, mas não mostraram alterações no metabolismo da glicose.

“Percebemos que, independentemente do índice de massa corporal (IMC) das crianças antes do início da puberdade, aquelas que apresentam um estado pubertário mais avançado têm maior probabilidade de desenvolverem obesidade e alterações cardiometabólicas. E isto verifica-se logo aos 10 anos”, refere a Dra Maria João Fonseca, que acrescenta que “é importante que os pais e os pediatras estejam atentos aos sinais de desenvolvimento pubertário de forma a conseguirem identificar as crianças que se encontram num estado mais avançado”.

Acesse o resumo do artigo científico.

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Diana Seabra, ISPUP.  Imagem: Unsplash.

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