Notícia

Dia Mundial da Alimentação: a contradição entre a fome e o desperdício de alimentos

Fonte

ASBRAN | Associação Brasileira de Nutrição

Data

quarta-feira, 16 outubro 2019 09:55

Áreas

Agricultura. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

Em 30 anos, o mundo terá que apresentar uma boa resposta para o dilema que já preocupa: como alimentar com qualidade nutricional 10 bilhões de habitantes em meio a uma crise climática e a limitação de recursos naturais?

Essa é a principal reflexão despertada pelo Dia Mundial da Alimentação, lembrado neste 16 de outubro.

A questão tem provocado grandes debates em vários países, mas, enquanto se discute como alimentaremos tantas pessoas – ainda não conseguimos suprir as necessidades de muitos -, dados mostram uma triste realidade na América Latina e no Caribe, região responsável por 20% da quantidade total de alimentos perdidos desde a pós-colheita até o varejo, segundo o novo relatório da FAO, O Estado Mundial da Alimentação e da Agricultura 2019 (SOFA, sigla em inglês).

“Esta grande contradição deve servir para levantar reações de enfrentamento a este grave problema”, avalia a presidente da Asbran, Dra.Ruth Guilherme. “O desperdício precisa dar lugar à melhor distribuição de alimentos e à revisão do ciclo de produção, uma vez que no Brasil ainda nos confrontamos com a fome. Mas não basta alimentar, é preciso assegurar uma alimentação adequada e saudável, promovendo mudanças de hábitos com políticas públicas eficazes. O debate é muito importante, mas as ações são urgentes”.

Neste sentido a Dra. Ruth destacou o evento promovido dia 14 pela FAO em Brasília, com o tema “Nossas ações representam o nosso futuro: dietas saudáveis para um mundo fome zero”.

O último relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que enquanto a fome afetou 821 milhões de pessoas em todo o mundo em 2017, a proporção de adultos obesos chegou a 13,3% em 2016 – o equivalente a 672 milhões de pessoas.

Já pessoas com sobrepeso ultrapassam o número de pessoas em insegurança alimentar. No Brasil, enquanto a fome atinge menos de 2,5% da população, a obesidade já afeta quase 20% dos brasileiros. Em algumas regiões, como o Nordeste, outras facetas da má nutrição ainda persistem: a desnutrição infantil, por exemplo, segue acima dos 5%.

Acesse a notícia na página da ASBRAN.

Fonte: ASBRAN.  Imagem: Pixabay.

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