Notícia

Aluna desenvolve jogos para estimular crianças com autismo a experimentarem frutas

Jogos foram desenvolvidos no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

Divulgação, UFCG

Fonte

Universidade Federal de Campina Grande

Data

segunda-feira, 13 maio 2024 15:30

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

A seletividade alimentar é um problema muito comum em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com uma pesquisa da Universidade de Massachusetts, mais de 40% das crianças com TEA apresentam índices de recusa alimentar. Pensando nisso, uma estudante da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) desenvolveu, recentemente, duas soluções tecnológicas sustentáveis que prometem minimizar essa questão.

“Tratam-se de dois jogos cuidativo-educacionais com foco na seletividade alimentar de crianças com autismo”, explicou Kaline Oliveira, estudante do 10º período do curso de Enfermagem, campus Cajazeiras, que desenvolveu os projetos sob a orientação do professor Dr. José Ferreira Júnior.

Um dos jogos é a Bandeja Alimentar NutriTEA, que tem o objetivo de familiarizar as crianças com as frutas, motivando-as a experimentá-las através do estímulo tátil, visual, olfativo e gustativo.

“A bandeja apresenta espaços de encaixe de peças representativas de frutas, com suas cores e texturas. As crianças deverão identificar qual fruta está representada pela peça, bem como qual cor possui e, em seguida, fazer o encaixe no local correto. É interessante que, no momento do jogo, também estejam disponíveis as frutas representadas para que, a cada encaixe, as crianças as experimentem”, observa a estudante, adiantando que este jogo não terá, necessariamente, um vencedor. Contudo, poderá ser considerado vencedor aquele que experimentar um maior quantitativo de alimentos.

A outra solução é a Torre de Londres, um jogo associado a cartas contendo imagens dos principais alimentos rejeitados, segundo estudo realizado pela Associação de Pais e Amigos do Autista (APAA), do município de Cajazeiras, PB.

“A torre possui 12 problemas e a criança tentará resolver os problemas colocando as esferas na posição correspondente a que está na carta. Caso consiga, puxará uma carta e ganhará os pontos indicados se experimentar o alimento. Se a criança conseguir comer os alimentos, receberá a carta com a pontuação e será lida uma carta de incentivo. Porém, se ela não comer o alimento, não pontuará e deverá ser orientada sobre a importância do alimento para a sua saúde”, descreveu.

As tecnologias ainda estão em fase de validação, mas a estudante já adianta a intenção de validá-las e aplicá-las em breve. “Estas tecnologias me encantam por apresentarem grande importância social, com o potencial de beneficiar crianças com autismo, utilizando recursos que seriam descartados no lixo. Dessa forma, são tecnologias inovadoras, de baixo custo, que diminuem os impactos ambientais e podem transformar realidades, promovendo o bem-estar”, destacou Kaline, que é vinculada ao Grupo de Pesquisa Laboratório de Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde (LATICS).

Os produtos foram desenvolvidos no período de um ano, entre os meses de setembro de 2022 a setembro de 2023, durante a vigência do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), e contaram com a colaboração do técnico-administrativo  Jose Roberto da Cunha Lucena, da Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras (ETSC).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Campina Grande.

Fonte: Universidade Federal de Campina Grande. Imagem: Divulgação UFCG.

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