Notícia

Pesquisadores descobrem mecanismo que pode ajudar no controle da obesidade

Pesquisadores descobriram que a inibição de uma proteína mitocondrial pode aumentar a queima de gordura no tecido adiposo

Fonte

UFRJ | Universidade Federal do Rio de Janeiro

Data

segunda-feira, 14 dezembro 2020 10:05

Áreas

Nutrição Clínica. Saúde Pública

A obesidade é uma das doenças que mais cresce no mundo. As mudanças na alimentação e no modo de vida são dois dos principais fatores para que os casos no país tenham mais que dobrado nos últimos 20 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atingindo 26,8% da população.

Mesmo com tratamentos já muito conhecidos – reeducação alimentar, acompanhamento psicológico, exercícios físicos e, até mesmo, cirurgia –, a obesidade é uma doença difícil de combater, já que envolve diretamente a mudança de hábitos já enraizados no paciente. Um grupo de pesquisadores do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IbqM/UFRJ) e da Universidade da Califórnia (Ucla) descobriu que a inibição de uma proteína mitocondrial pode aumentar a queima de gordura no tecido adiposo.

Segundo o Dr. Marcus Oliveira, um dos responsáveis pelo estudo, a pesquisa analisou a “gordura marrom”, tipo de gordura que absorve a glicose e as gorduras circulantes no sangue e as quebra, formando calor.

Diferentemente da “gordura branca”, a marrom é considerada benéfica para o organismo, já que age na regulação de glicose e de outros tipos de gordura no corpo e, também, na manutenção da gordura corporal, uma vez que sua quebra é responsável por gerar calor.

“Ela deve ser estimulada, principalmente no contexto da obesidade – fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e câncer. Como a gordura marrom utiliza muita glicose e queima grandes quantidades de gordura, sua ativação é uma boa alternativa no combate à obesidade.”

Novas abordagens e fármacos mais eficientes

A pesquisa, publicada na revista científica EMBO Reports, descobriu que o bloqueio de uma proteína específica nas mitocôndrias dos adipócitos aumenta a queima de gorduras e o gasto de energia sem que seja necessário o estímulo da adrenalina, um hormônio produzido no corpo humano e liberado sempre que há exposição a alguma situação extrema, como um mecanismo de defesa. O hormônio, também chamado de epinefrina, é secretado pelas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins, no sistema endócrino.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na UFRJ.

Fonte: Carolina Correia, UFRJ. Imagem: Freepik.

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