Notícia

Pesquisa aponta que dieta pode melhorar a saúde ocular e cerebral das mulheres

Comer mais frutas e vegetais de cores vivas pode ajudar nos problemas de saúde das mulheres

Freepik

Fonte

Universidade da Geórgia

Data

quarta-feira, 20 julho 2022 14:50

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional. Nutrição Materno Infantil. Saúde Pública

Mulheres tendem a viver mais do que os homens, mas geralmente têm taxas mais elevadas de doenças. Agora, uma nova pesquisa da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos,  sugere que essas taxas mais altas de doenças podem ser melhoradas por uma dieta melhor, rica em pigmentos carotenoides, como inhame, couve, espinafre, melancia, pimentão, tomate, laranja e cenoura. Essas frutas e vegetais de cores vivas são particularmente importantes na prevenção da perda visual e cognitiva.

“A ideia é que os homens tenham muitas das doenças que tendem a matá-los, mas as mulheres têm essas doenças com menos frequência ou mais tarde, então perseveram, mas com doenças que são debilitantes”, disse o Dr. Billy R. Hammond, professor do Franklin College  of Arts and Sciences da UGA do departamento de psicologia comportamental e programa de ciências do cérebro e co-autor do estudo. “Por exemplo, de todos os casos existentes de degeneração macular e demência no mundo, dois terços são mulheres…essas doenças que as mulheres sofrem há anos são as mais passíveis de prevenção através do estilo de vida.”

O estudo publicado na revista científica Nutritional Neuroscience, revisou e analisou dados de estudos anteriores, detalhou várias condições degenerativas, de doenças autoimunes a demência que, mesmo controlando as diferenças de expectativa de vida, as mulheres experimentam taxas muito mais altas do que os homens. “Se você considerar todas as doenças autoimunes coletivamente, as mulheres representam quase 80%. Então, por causa dessa vulnerabilidade, ligada diretamente à biologia, as mulheres precisam de cuidados preventivos extras”, disse o Dr. Hammond.

Como o gênero afeta a saúde?

Uma das razões para essa vulnerabilidade tem a ver com a forma como as mulheres armazenam vitaminas e minerais em seus corpos. O Dr. Hammond ressalta que as mulheres têm, em média, mais gordura corporal do que os homens. A gordura corporal serve como um ‘depósito’ significativo para muitas vitaminas e minerais da dieta, o que cria um reservatório útil para as mulheres durante a gravidez. Essa disponibilidade, no entanto, significa que menos está disponível para a retina e o cérebro, colocando as mulheres em maior risco de problemas degenerativos.

A ingestão dietética de pigmentos carotenoides atua como antioxidantes para os seres humanos. Dois carotenoides específicos, luteína e zeaxantina, são encontrados em tecidos específicos do olho e do cérebro e demonstraram melhorar diretamente a degeneração do sistema nervoso central.

“Homens e mulheres comem aproximadamente a mesma quantidade desses carotenoides, mas os requisitos para as mulheres são muito maiores”, disse o Dr. Hammond.

“As recomendações devem ser diferentes, mas geralmente não há recomendações para homens ou mulheres para componentes da dieta que não estejam diretamente ligados à doença por deficiência (como vitamina C e escorbuto)”, disse o Dr. Hammond. “Parte da ideia do artigo é que as recomendações precisam ser alteradas para que as mulheres estejam cientes de que têm essas vulnerabilidades que precisam resolver proativamente, para que não tenham esses problemas mais tarde na vida.”

Os carotenoides também estão disponíveis através de suplementos, e os Institutos Nacionais de Saúde concentraram recursos em carotenoides específicos por meio do programa National Eye Institute. E embora os suplementos de luteína e zeaxantina sejam uma maneira de aumentar a ingestão, o Dr. Hammond disse que obtê-los através dos alimentos é uma estratégia muito melhor.

“Componentes da dieta influenciam o cérebro, desde coisas como personalidade até nosso conceito de ser. Eu não acho que as pessoas percebam o efeito profundo que a dieta tem basicamente sobre quem elas são, seu humor, até mesmo sua propensão à raiva. E agora, é claro, isso se estende ao microbioma e às bactérias que compõem seu intestino – todos esses componentes trabalham juntos para criar os blocos de construção que compõem nosso cérebro e os neurotransmissores que mediam seu uso”, disse o Dr. Hammond.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Geórgia (em inglês).

Fonte: Alan Flurry, Universidade da Geórgia. Imagem: Freepik.

Em suas publicações, o Canal Nutrição da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Nutrição tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que  cadastrados no Canal Nutrição e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Nutrição, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2024 nutrição t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional nas áreas de Alimentos, Alimentação, Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account