Notícia

Gengibre: de sabor picante e com muitos benefícios para a saúde

Fonte

UFSC | Universidade Federal de Santa Catarina UFPB | Universidade Federal da Paraíba

Data

segunda-feira, 7 setembro 2020 10:40

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional

O gengibre, cujo nome científico é Zingiber officinale, pertence à família  Zingiberaceae e tem sua origem no Sudoeste da Ásia. É uma erva rizomatosa, perene, ereta com altura que varia de 60-120 cm de altura. A parte utilizada da planta é o rizoma (raiz), de coloração branco-amarelada e que possui cheiro e sabor picante e muito característico.

Esta raiz chegou ao Brasil em meados do século XVI, sendo cultivada principalmente nas  áreas litorâneas dos Estados de Santa Catarina, Paraná, Sul de São Paulo e no Espírito Santo. Mas seu uso já foi citado, há mais de 2500 anos, por Confúcio, filósofo e pensador chinês que destacou as propriedades medicinais do gengibre.

Na cozinha, o gengibre é utilizado nas formas de gengibre fresco, gengibre caramelizado, gengibre em conserva em xarope de açúcar, gengibre curtido no vinagre, em pó e seco e é um condimento muito apreciado na culinária oriental e em bebidas típicas de festa junina como o quentão. Além do uso na culinária, popularmente, o gengibre é indicado para combater:

• as afecções intestinais, especialmente os problemas digestivos, com indicação nos casos de dispepsias e como carminativo [contra gases] nas cólicas flatulentas;
• a rouquidão e a inflamação da garganta, além de gripes, resfriados e sinusite;
• as náuseas (enjoos de viagem, enjoos produzidos pelo tratamento com quimioterapia, enjoos de gravidez e enjoos pós-operatório);

Ações farmacológicas e interações medicamentosas

Segundo o Horto didático de plantas medicinais do HU/CCS, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estudos in vitro, em animais e em humanos já mostraram as atividades antieméticas, anti-inflamatórias, antimicrobianas, antioxidantes e hipoglicemiantes do gengibre.

Ainda segundo a publicação, devido às atividades cardiotônica, anti-agregante plaquetária (in vitro) e hipoglicemiante (in vivo) do gengibre, não é recomendado o uso de altas doses porque pode interferir com a medicação de base em pacientes com insuficiência cardíaca, coagulopatias e diabetes.

Constituintes químicos presentes no gengibre

O gengibre é rico em óleo essencial, composto por monoterpenos como o canfeno e o limoneno. Na fração resinosa da planta são encontrados os compostos fenólicos, que dão o sabor picante à raiz. Aos compostos gingeróis (6,8 e 10 gingerol), em especial o [6]-gingerol, são atribuídas as ações antioxidante, antidispéptica, antipirética, antiplaquetária, antifúngica e hepatoprotetora. Além destes compostos são encontrados no gengibre: amido, ácido fosfatídico, lecitina, proteínas, vitaminas e minerais.

Contra-indicações

• O chá de gengibre não deve ser consumido na gravidez,  lactação e em crianças ou adultos com hipersensibilidade ao gengibre;
• Não usar gengibre fresco em casos de aftas;
• Pessoas com cálculos biliares não devem tomar chá de gengibre, pois esta bebida apresenta ação colagoga (induz a contração da vesícula biliar);
• O gengibre não deve ser consumido por pessoas  com coagulopatias (distúrbios de coagulação), que tomam medicação anticoagulante, antidiabética e anti-hipertensão arterial.

Preparo do chá de gengibre

Segundo o Serviço de Informação em Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o chá de gengibre deve ser preparado por infusão. Colocar pedaços pequenos de gengibre (0,5 g a 1,0 g) previamente lavados em 150 ml de água fervente. Em seguida deixar abafado por cerca de 15 minutos e filtrar. O chá deve ser consumido logo após seu preparo.

Acesse a matéria completa sobre o Chá de Gengibre da Universidade Federal da Paraíba.

Fonte: Serviço de Informação em Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos, UFPB.

Acesse a matéria completa sobre o Gengibre da Universidade Federal de Santa Catarina.

Fonte: Horto Didático de Plantas Medicinais do HU-CCS/UFSC.

Imagem: Freepik.

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