Notícia

Uma abordagem sobre o potencial funcional do alho, menta e gengibre

Fonte

Rebracisa | Revista Brasileira de Ciências em Saúde

Data

quarta-feira, 4 abril 2018 12:00

Áreas

Nutrição Funcional

A utilização de vegetais como o alho, gengibre e a menta na alimentação e também como medicamento é desde a antiguidade. De acordo com alguns relatos históricos, seu uso em diversas culturas iniciou há pelo menos seis mil anos. O alho pertence ao gênero Allium, à espécie A. sativum e à família Liliaceae. O alho é o fruto de uma planta herbácea resistente, que possui flores cor-de-rosa ou verdes claras, bulbos e bulbilhos, denominados dentes de alho. Esta planta pode atingir entre 25 a 70 cm de altura e também possui caules compridos com cor avermelhada. O alho pode sofrer algumas alterações até ser comercializado, comprometendo as suas propriedades como planta, nomeadamente perda de água durante o seu armazenamento ou através de processos de secagem que visa o prolongamento de sua vida útil.

O gênero Mentha compreende cerca de 30 espécies que se desenvolvem em diversas regiões da Europa, Ásia, Austrália e América do Sul, entre essas espécies destaca-se a Mentha arvensis l. A Mentha arvensis, foi introduzida no Brasil pelos japoneses e ficou conhecida como hortelã-japonesa ou vique. É uma planta medicinal e aromática pertencente à família das Lamiaceae, produtora de um óleo essencial rico em mentol, cujas aplicações nas indústrias de alimentos, farmacêuticas e de cosméticos lhe atribui uma grande importância econômica.

O gengibre é uma especiaria pertencente à família das Zingiberaceae. O gengibre é uma excelente fonte de vários compostos fenólicos. Entre os constituintes químicos pode-se citar; gingerol, cafeno, felandreno, zingibereno e zingerona. Desde a Antiguidade (> 2500 anos) o gengibre é utilizado para tratar diferentesdoenças, como; reumatóide artrite, dores musculares, prisão de ventre, estimulante para o trato gastrointestinal.

Estas plantas medicinais eram conhecidas nos tempos remotos devido às suas atividades anti-inflamatórias e antissépticas e também usada no tratamento de distúrbios gastrointestinais. Vários são os componentes presentes nestes vegetais que os caracterizam como funcionais; no alho, são os compostos sulfurados do que estão associados a estes benefícios, sendo o componente biológico mais ativo, a alicina (dialil-trisulfeto), que representa 70 % dos compostos sulfurados existentes no alho.

Na menta o composto majoritário é o mentol, um monoterpeno que confere sabor e aroma de menta a remédios, balas, creme dental e outros produtos da indústria de alimentos, cosmética e farmacêutica (UPADHYAY et al., 2014). O gengibre apresenta o gingerol como componente bioativo principal, sendo este constituinte responsável pelo sabor picante do gengibre.

Atualmente, o termo funcional vem sendo bastante citado e pesquisado. De acordo com ANVISA (2013), alimento funcional pode ser definido como, “todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido na dieta usual, produz efeitos metabólicos eou fisiológicos benéficos à saúde, devendo ser seguro para o consumo, sem supervisão médica”.

Vale mencionar que o potencial funcional dos alimentos está diretamente correlacionado a presença de compostos bioativos. Os alimentos funcionais segundo Vizzoto, Krolow e Teixeira (2010), possuem compostos bioativos capazes de atuar como moduladores dos processos metabólicos, prevenindo o surgimento precoce de doenças degenerativas.

Dentre os compostos bioativos no alho, na menta e no gengibre, vale destacar os principais compostos bioativos presentes no alho(a alicina), na menta (o mentol) e no gengibre (gingerol), destacando-os por participar diferentes atividades biológicas, promovendo benefícios a saúde dos consumidores. Em virtude disso, busca-se questionar, quais propriedades tornam o alho, a menta e o gengibre, alimentos com grande potencial funcional? Nesse sentido, este trabalho busca investigar o potencial funcional das matrizes vegetais do alho, da menta e do gengibre, abordando o tema a partir de trabalhos publicados anteriormente na literatura.

Esse trabalho trata-se de uma abordagem baseada em diversas pesquisas cientificas sobre os benefícios do alho, da menta e do gengibre na dieta usual. Este estudo está fundamentado em consultas de materiais com respaldo acadêmico sobre o assunto a fim de estabelecer familiaridade com o tema pesquisado. A pesquisa foi desenvolvida com base em material já elaborado, sendo os dados coletados em artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais, dissertações, teses, no período de 2002 a 2016, utilizando como principais bases de dados – Scielo e Science direct.

 

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Fonte: Nadabe Santos dos Reis, Rebracisa   Imagem: Pixabay

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