Notícia

Comer peixe duas vezes por semana reduz o risco cardíaco e o risco de derrame

Fonte

Associação Americana de Cardiologia

Data

sábado, 19 maio 2018 13:00

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Esportiva. Nutrição Funcional. Saúde Pública

Peixes gordurosos não parecem apetitosos, mas pesquisas sobre os benefícios dos ácidos graxos ômega-3 de frutos do mar reafirmam o valor de comer peixe – particularmente o gorduroso – algumas vezes por semana, segundo um novo alerta da Associação Americana de Cardiologia (AHA).

Dezesseis anos depois de divulgar sua última declaração científica sobre os benefícios do consumo de peixe, a AHA recomenda de uma a duas refeições de peixe ou marisco não fritos por semana para melhorar a saúde cardiovascular – especialmente quando o peixe substitui alimentos menos saudáveis.

“A pesquisa e a ciência tem crescido muito desde o último comunicado, chegou a hora de apresentar uma nova declaração sobre os efeitos benéficos dos frutos do mar na prevenção não apenas de doenças cardíacas, mas acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, morte súbita cardíaca e insuficiência cardíaca congestiva “, disse o Dr. Eric Rimm, professor de epidemiologia e nutrição no Harvard TH Chan Escola de Saúde Pública em Boston e presidente do grupo que escreveu o comunicado, publicado na revista Circulation.

Para obter todos os benefícios de comer peixe, a AHA recomenda a ingestão de duas porções de 100g de peixe não frito, ou cerca de 3/4 xícara de peixe em flocos, toda semana. Isso é mais do que os americanos tipicamente comem: em 2012, a média de consumo de frutos do mar foi de 1,3 porções por semana – um pouco acima de 1,1 porções por semana em 1999.

Comer pelo menos uma porção por semana pode ser melhor para a saúde cardiovascular do que não comer peixe, especialmente se substituir alimentos ricos em gordura saturada, sal e açúcar adicionado, de acordo com a recomendação.

“Se você tem uma dieta não tão saudável e não come frutos do mar, pode ter um grande impacto na saúde do coração, substituindo por peixes,  produtos de origem animal com maior teor de gordura, como bacon, linguiça ou salame”, disse a Dra. Jo Ann Carson , nutricionista e professora do Centro Médico Southwestern da UT em Dallas.

Dra. Carson, que não esteve envolvida na redação do trabalho, disse que as conclusões sugerem que os vegetarianos – pessoas que não comem carne ou peixe – podem pensar em se tornar pessoas que comem peixe, mas não carne.

“Mais vegetarianos estão adicionando peixe à sua dieta, e a pesquisa mostra que pode haver benefícios nisso”, disse ela.

Pesquisas anteriores mostram que os ácidos graxos ômega-3 do marisco beneficiam o coração de várias maneiras, inclusive diminuindo o risco de ritmos cardíacos anormais que podem levar à morte súbita, diminuindo os níveis de triglicerídeos e retardando o crescimento de depósitos de gordura que obstruem as artérias.

O conselho é que as pessoas devem se concentrar em comer peixe com altos níveis de ácidos graxos ômega-3, incluindo certos tipos de salmão, cavala, arenque, truta do lago, sardinha e atum. Outros tipos de peixes e moluscos, incluindo bacalhau, peixe-gato, tilápia e camarão, ainda contêm ômega-3, mas não em quantidades tão altas.

A chave é comer vários tipos de peixe e comê-los regularmente, disse o Dr. Rimm.

“É importante encontrar uma variedade de peixes que você gosta, assim você não está apenas comendo duas porções por semana do mesmo peixe e se cansando depois de um mês e parando de comer”, disse ele.

“Comer peixe é muito melhor em geral para o meio ambiente do que comer carne vermelha, mas à medida que a população cresce, temos que estar vigilantes no monitoramento do impacto do peixe em cultivo para que ele continue a ter uma pegada de carbono sustentável”, disse o Dr. Rimm.

Acesse a notícia completa na página da Associação de Cardiologia Americana (em inglês)

Fonte: Associação Americana de Cardiologia. Imagem Pixabay.

 

 

 

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