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Defesa Agropecuária atua em plano intersecretarial contra intoxicação em moluscos no Litoral Paulista
Técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, acompanhados pelo diretor de gestão de meios produtivos da Secretaria de Agricultura e Pesca de Ubatuba, Leonardo Moraes, estão no município do litoral paulista a fim de coletarem materiais para análises laboratoriais para identificação de intoxicação que pode ser causada pelo fenômeno “Maré Vermelha”.
A “Maré Vermelha” é provocada pela liberação de toxinas associadas à floração de microalgas e em decorrência do fenômeno, moluscos bivalves, que são organismos filtradores, capazes de absorverem toxinas dos ambientes, podem acabar contaminados. “São toxinas que ficam incorporadas na carne de alguns animais comestíveis como por exemplo, os mexilhões, ostras e vieiras”, explicou a Dra. Ieda Blanco, assistente agropecuária da CDA e gerente do Programa Estadual de Sanidade de Animais Aquáticos (PESAAq).
“Essas toxinas contaminantes não são eliminadas por tratamento térmico não adiantando submeter os moluscos a cozimento, fervura ou congelamento. Suas características organolépticas, ou seja, seu gosto, sabor e cor também não sofrem alterações, fazendo com que a toxina passe desapercebida por quem as ingere, podendo causar sintomas gastrointestinais leves até paralisia respiratória, sinais neurológicos ou até a morte”, alertou a Dra. Ieda.
Responsável por monitorar continuamente as áreas passíveis de contaminação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) mantém o Programa Nacional de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos Bivalves que em São Paulo ainda está em fase de implantação. “Por conta disso, desenvolvemos um plano de contingência intersecretarial que envolve a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Saúde e Meio Ambiente para acionamentos em caso de emergências”, disse a gerente.
O Plano do MAPA segue quatro indicadores para atuação em casos de “Maré Vermelha”, sendo eles: definição de indicadores a partir de relato de banhistas e pescadores; coleta de análise feita pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb); notificação de ocorrências médicas à Secretaria de Saúde e, por fim, a coleta por parte da Defesa Agropecuária, que detecta a presença da toxina nos animais comestíveis. “A combinação desses fatores vai determinar a fase de alerta”, contou a Dra. Ieda.
Acesse a notícia completa na página do Instituto de Pesca.
Fonte: Felipe Nunes, Instituto de Pesca.
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