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Epamig: Minas produz requeijão a partir de queijo fora do padrão comercial

Fonte

Epamig | Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais

Data

quinta-feira, 9 maio 2024 16:10

O requeijão em barra Lírio Branco produzido no município de Lima Duarte (MG) conquistou a medalha Super Ouro no 3º Mundial do Queijo do Brasil, realizado no mês de abril, no estado de São Paulo. O produto, que resulta de aproveitamento de queijo minas artesanal fora do padrão comercial, é resultado de experimentos desenvolvidos pela Epamig – Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), empresa vinculada à Secretaria de Agricultura do Governo de Minas Gerais.

Segundo o Dr. Junio de Paula, coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Leite e Derivados da Epamig e professor da Epamig ILCT,  a pesquisa consiste na identificação dos defeitos mais frequentes e no desenvolvimento de tecnologias que sirvam para orientar o produtor na detecção, correção, prevenção e melhoria contínua, além da proposição de alternativas para o melhor aproveitamento de produtos que não atendem aos padrões comerciais de casca, textura ou aparência.

“Nós percebemos que uma grande dor do produtor é não ter saída para esses queijos que não ficaram bonitos, mas que são seguros para o consumo. Pensamos na adaptação de uma tecnologia que já existe na indústria, a fabricação do requeijão, usando o queijo artesanal como matéria-prima. Dessa forma os produtores recebem apoio na elaboração de um produto de qualidade, inovador e com proposta sustentável”, explicou o Dr. Junio de Paula.

E foi justamente a ideia de transformar um queijo com imperfeições em um “requeijão perfeito” que despertou o interesse do casal Maria Elisa de Almeida e Jorge Bezerra. Cariocas, os dois se mudaram para o interior de Minas Gerais, logo após se aposentarem. “Eu já tive muitas profissões, fui professora, psicóloga, advogada e agora, com muito orgulho, sou queijeira premiada”, conta Maria Elisa.

A mudança aconteceu há nove anos quando adquiriram o Sítio Primavera, em Lima Duarte. “Nós trabalhávamos em uma multinacional e lá conhecemos um rapaz de Andrelândia e sua esposa que é de Lima Duarte. Começamos a frequentar a cidade a convite deles. Vinhamos pelo menos duas vezes por mês. Nos apegamos e na hora da aposentaria esse foi o caminho natural”. A queijaria foi montada a sete anos.

Proximidade com a pesquisa

O sucesso na atividade tem a ver com paciência e dedicação. “Eu sempre falo que quem tem pressa não faz queijo”. E um jeitinho mineiro: “Aqui em Minas há um cuidado muito grande com essa coisa de educação rural, muitos cursos. Quando fiquei conhecendo a Epamig ILCT fui fazer um curso rápido. Depois nos encontramos em feiras e eventos. Até que a equipe nos procurou para o trabalho de caracterização dos queijos da nossa região. E assim intensificamos o contato”, lembrou a produtora.

“A Maria Elisa é uma parceira das pesquisas. A queijaria dela é próxima a Juiz de Fora (sede da Epamig ILCT) e é exemplar por todas as boas práticas de fabricação. Ela abraçou o projeto e se disponibilizou a aprender e colocar esse produto em concursos, dar visibilidade e despertar o interesse na regulamentação”, avaliou o Dr. Junio de Paula.

“A equipe da Epamig ILCT veio aqui, deram a receita, ajudaram a fazer e a partir da orientação deles eu fiz meus ajustes. O sabor desse requeijão é muito distinto porque deriva de um queijo maturado por, no mínimo, 22 dias e tem a consistência perfeita”, garante Maria Elisa, que aposta no surgimento de novos sabores impulsionados pelo sucesso desse experimento. “Para cada um dos queijos, de cada uma das dez regiões produtoras de queijos artesanais, vai haver um tipo requeijão com características próprias”, aposta ela.

Acesse a notícia completa na página da Epamig.

Fonte: Epamig.

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