Notícia

Terapia de horticultura é tema de projeto de extensão e pesquisa na Unifesp

Projeto “Compostagem e horta como estratégia de promoção da saúde: eixo alimentação e saúde mental”

Divulgação

Fonte

UNIFESP | Universidade Federal de São Paulo

Data

quarta-feira, 8 agosto 2018 09:30

Áreas

Agricultura. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

Foi constatado cientificamente que as mudanças no estilo de vida e maus hábitos alimentares influenciam o aumento da prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, depressão e ansiedade. Diversos estudos apontam que a prática da horticultura – terapia pode ser efetiva no combate a essas doenças.

Além disso, tais mudanças têm gerado impactos ambientais como geração excessiva de lixo, que pode ser reduzida por meio da compostagem. Assim, a preocupação com a sustentabilidade e com a promoção da saúde levou à criação, no Campus São Paulo, do projeto “Compostagem e horta como estratégia de promoção da saúde: eixo alimentação e saúde mental”. Especialistas da Escola Paulista de Medicina (EPM) também fazem parte da atividade.

A Dra. Sue Yazaki Sun, ex-coordenadora do Núcleo de Apoio ao Estudante do Campus São Paulo (NAE/SP), conta que o projeto começou em 2016 com quatro alunos da graduação do Campus Diadema da Unifesp, sendo que um deles recebeu Bolsa de Iniciação à Gestão da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (BIG/Prae) e os outros foram voluntários, tendo reciclado entre 500 a 600 kg de lixo orgânico do restaurante.

“Em 2017 o projeto já reunia 20 alunos de graduação, sendo que 12 recebiam bolsas do Programa de Educação Tutorial do Ministério da Educação (PET), criado há mais de 20 anos, que tinha por objetivo formar profissionais de excelência. Atualmente, o projeto da composteira, sob coordenação da Profa. Dra. Mirian Shinzato, docente do Campus Diadema é parte do PET, coordenado por Ana Luisa Vitti Bittencourt do Departamento de Ciências Biológicas, setor de Ciências Ambientais”, recorda a Dra. Sun.

“O projeto de compostagem de Diadema já começava a dar bons resultados, que trouxe pessoas do Campus Guarulhos para visitar a composteira, interessados em construir uma para uso do campus. Em São Paulo, a Unidade Santo Amaro também desenvolveu o seu projeto, com o incentivo de Vania D’ Almeida e Jair Marolla. Além disto, Luciana Tomita, membro da comissão do restaurante universitário do campus São Paulo, junto com Marcelo Carvalho, enfermeiro do NAE/SP e, fiscal do restaurante universitário do Campus São Paulo, também tinham pensado em compostagem e horta/floreiras”, salienta a Dra. Sun.

“Sinto entusiasmo em todos citados em levar à frente um projeto de compostagem, em cada Campi. Acredito que podemos trocar experiências e sonhando, fazer um projeto vinculado à pesquisa, unindo diferentes áreas (Ciências Ambientais, Gestão Ambiental, Biologia, Nutrição, Bromatologia, Fitoterapia, Engenharia, Psiquiatria, Psicologia, Medicina Interativa, etc)”, comemora Sun.

As vantagens são muitas:

1. preservação do meio ambiente
2. produção de fertilizante orgânico
3. economia (gastos anualmente R$ 330.000,00 para a retirada do lixo do nosso campus)
4. bolsas para os estudantes
5. atividade integrando comunidade (voluntários) x alunos
6. compostagem como “terapia” para diminuição de stress.

Fase Acadêmica

No início de fevereiro de 2018, o tema foi aprovado como projeto de extensão, no Campus São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): “Compostagem, horta e jardinagem: coletando cuidando da saúde, mente saudável e planeta”. Idealizado pela PhD Luciana Yuki Tomita, “considerado algo totalmente novo, um projeto que queria discutir não só a sustentabilidade, mas também a saúde dos alunos”, relata Elise Kanashiro, aluna da graduação.

A aluna Kanashiro explica, que a ideia era começar a compostagem com resíduos orgânicos do restaurante da Universidade e usar este composto para criar uma horta. Dessa forma, seriam reduzidos o desperdício (e seu custo) para o restaurante e, portanto, para a universidade. “Ao mesmo tempo, pretendia criar um jardim onde os alunos pudessem cuidar, ajudando a melhorar sua saúde mental. Quanto à compostagem, o projeto tem sido um sucesso, com mais de 168 kg de resíduos orgânicos reciclados (até maio de 2018). O interesse maior desse projeto era ficar menos ansiosa e a aproveitar o tempo na universidade”.

Como isso aconteceu?

Cuidar das plantas que não crescem imediatamente é a resposta. “É necessário semear e depois regar as mudas durante dias, talvez semanas, antes de poder realmente ver algum resultado”. E essa rotina diária pode ajudar a lidar com o estresse. “Percebi que quando estava cansada de estudar, fazer uma pausa para regar as plantas realmente me ajudava a ficar menos tensa e a voltar a estudar quase nova”, recorda Kanashiro. Além disso, com essa ação, não apenas os estudantes cuidam da horta – os funcionários da universidade também ajudam. “Fazer parte disso definitivamente melhorou meu senso de comunidade, algo importante quando há dias em que passo mais tempo na Unifesp do que em casa. Minha rotina ficou mais leve e a universidade tornou-se mais aconchegante quando comecei a conhecer professores, técnicos de laboratório e trabalhadores de limpeza por seus nomes. Todos unidos por causa da jardinagem. É por isso que digo que ter um dedo verde melhorou minha saúde. Para concluir, quero enfatizar a importância de iniciativas que se preocupam com a saúde do estudante de medicina, como este”, comemora.

Acesse a notícia completa na página da Unifesp

Fonte: Renato Conte, Unifesp. Imagem: Divulgação.

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