Notícia

Pesquisas apontam avanços, dificuldades e como o cultivo ‘in vitro’ pode influenciar os sistemas de cultivo

Pesquisadores da UFSCar levantaram os principais desafios e perspectivas da micropropagação para o século XXI

Divulgação

Fonte

UFSCar| Universidade Federal de São Carlos 

Data

sexta-feira, 3 agosto 2018 12:30

Áreas

Agricultura. Agronomia. Ciências Agrárias

Pesquisadores da UFSCar levantaram os principais desafios e perspectivas da micropropagação para o século XXI e como a técnica pode influenciar ainda mais os sistemas de cultivo. Os resultados são frutos de anos de experiências nacionais e internacionais em micropropagação de plantas do Prof. Dr. Jean Carlos Cardoso, docente do Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA-Ar), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSCar; Prof. Dr. Lee Tseng Sheng Gerald, professor aposentado também do DBPVA-Ar; e Jaime Teixeira da Silva, pesquisador independente na área de cultura de tecidos vegetais. Ao longo dos anos, eles trabalharam com a micropropagação comercial desenvolvida em empresas e com estudos na área dentro da UFSCar e em parceria com instituições particulares.

Segundo O Dr. Cardoso, a micropropagação – também conhecida como cultivo ‘in vitro‘ de plantas – consiste em diferentes técnicas que visam a produção em escala comercial de mudas de espécies distintas, utilizando ambientes controlados e com a utilização de frascos de vidro ou de plástico (‘in vitro‘). “Ela se utiliza de tecidos vegetais muito pequenos, conhecidos como regiões meristemáticas (similares às células-tronco animais), para obter e multiplicar plantas de interesse comercial. A micropropagação pode ser utilizada para a clonagem de plantas comerciais, ou seja, para a produção de milhares de mudas idênticas entre si”, explica ele. Esse é o caso de plantas ornamentais, como as orquídeas e os antúrios; algumas frutíferas, como o abacaxizeiro, a bananeira e o morangueiro; e até espécies utilizadas em grande escala produtiva pela agricultura, como é o caso atual da produção de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar. “A técnica também é utilizada em trabalhos de melhoramento genético, visando a obtenção de novas variedades, e também na conservação de espécies ecologicamente vulneráveis”, exemplifica o docente.

De acordo com o pesquisador, o trabalho com plantas micropropagadas alterou os sistemas de produção de mudas no mundo, já que a técnica permite, em reduzidos tempo e espaço, o cultivo de grande quantidade de mudas em ambiente controlado. “Os controles do ambiente e dos fatores que afetam o desenvolvimento das plantas auxiliam na determinação de diferentes fases; no próprio estabelecimento ‘in vitro‘, no qual partes de uma planta são selecionadas, temos a transferência do tecido da condição de campo para a condição em laboratório. Já nessa fase, é possível realizarmos procedimentos adicionais, visando a eliminação de pragas e doenças”, descreve o Prof. Cardoso. Ele explica também que os controles continuam importantes nas etapas da multiplicação – na qual os tecidos introduzidos são multiplicados em larga escala, visando a produção de grandes quantidades de mudas. -; nas de enraizamento e alongamento, processos em que as plantas produzidas da fase anterior são colocadas para enraizar e adquirir tamanho adequado para serem novamente transferidas para as condições de campo; e, por fim, durante a aclimatização, etapa em que as plantas de laboratório são transferidas para a condição de casa de vegetação (estufa), local em que são preparadas para o cultivo convencional, sendo então encaminhadas para a estufa de produção ou mesmo para o campo.

Dentre as maiores vantagens da utilização das técnicas de micropropagação está a ampliação da capacidade de propagação clonal de muitas espécies – “como é o caso da bananeira e do abacaxizeiro que, em sistema convencional de propagação, são obtidas poucas mudas por ano, e com o uso da micropropagação torna-se possível obter milhares de plantas a partir de uma única, todas idênticas geneticamente entre si, o que permite aos produtores terem algumas garantias como alta produtividade, resistência a pragas e doenças, tipos saudáveis de frutos, entre outras”, afirma o Dr. Cardoso. Ele destaca que, até o momento, a micropropagação é a única técnica de propagação vegetativa que permite a produção de mudas livres de pragas e microrganismos fitopatogênicos, causadores de doenças em plantas.

Acesse a notícia completa na página da UFSCar.

Fonte: Adriana Arruda, UFSCar. Imagem: Divulgação.

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