Notícia

Pesquisadores irão utilizar resíduos de cascas de camarão para obter produtos sustentáveis

O lema do projeto Shell4bioA é não desperdiçar, reutilizar e valorizar

Divulgação, FCUP

Fonte

UP | Universidade do Porto

Data

quinta-feira, 6 janeiro 2022 11:30

Áreas

Biotecnologia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos

Um projeto liderado por pesquisadores do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE), da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), em Portugal, vai usar os resíduos das cascas de camarão, que geralmente vão para aterro, para produzir aminas, que podem ser usadas na produção de fármacos, plásticos, detergentes e em muitas outras coisas.

O que têm as cascas de camarão de especial? “São ricas em azoto [Nitrogênio], oferecendo uma excelente oportunidade para obter vários tipos de aminas de uma forma sustentável e que atualmente apenas são produzidas na indústria a partir de petróleo”, explica a Dra. Andreia Peixoto, pesquisadora do LAQV-REQUIMTE na FCUP, responsável pelo projeto Shell4BioA.

A ideia dos pesquisadores é utilizar apenas métodos sustentáveis. E já têm a decorrer vários processos de extração e conversão de um dos constituintes das cascas, a quitina, em aminas bioderivadas nos laboratórios do Departamento de Química e Bioquímica da FCUP.

Para já, os pesqusadores querem debruçar-se num processo específico para o processamento das cascas de camarão, cedidas pela Mar Cabo. Neste processo, as cascas são colocadas em água pressurizada a temperaturas de cerca de 250 ºC. Este procedimento permite obter um extrato e um resíduo sólido que, após tratamentos térmicos, pode ser usado como catalisador que vai acelerar reações químicas para a transformação sustentável da quitina e derivados em aminas.

“Pretende-se criar as condições necessárias para se desenvolver uma refinaria que usa cascas de camarão em vez de petróleo”, sublinha a Dra. Andreia Peixoto. Seria, nas palavras desta pesquisadora, uma “biorrefinaria” que utilizaria equipamentos diferentes das refinarias que usam petróleo com alguns processos similares.

O lema do Shell4bioA é não desperdiçar, reutilizar e valorizar. Assim, ao aproveitar uma matéria-prima que, de outra forma, seria desperdiçada, evita-se ainda o recurso a combustíveis fósseis.

Acesse a matéria completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Renata Silva, FCUP. Imagem: Divulgação, FCUP

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