Notícia

Pesquisa aponta novas recomendações alimentares para pessoas com colesterol elevado

Fonte

Universidade do Sul da Flórida

Data

terça-feira, 7 julho 2020 14:35

Áreas

Nutrição Clínica. Saúde Pública

Durante décadas, pessoas diagnosticadas com hipercolesterolemia familiar foram orientadas a minimizar o consumo de gorduras saturadas para diminuir o colesterol e reduzir os riscos de doenças cardíacas. Mas um novo estudo publicado na revista científica BMJ Evidence-Based Medicine não encontrou nenhuma evidência para apoiar essas alegações.

A hipercolesterolemia familiar é um distúrbio genético que faz com que as pessoas tenham níveis de colesterol de 2 a 4 vezes maiores que a média das pessoas comuns. Organizações, incluindo a Associação Americana de Cardiologia, sugeriram evitar comer alimentos de origem animal, como carne, ovos e queijo, e evitar o óleo de coco. Uma equipe internacional de especialistas em doenças cardíacas e dietas, incluindo cinco cardiologistas, revisou as diretrizes alimentares para pessoas com hipercolesterolemia familiar. Eles dizem que não encontraram nenhuma justificativa para os especialistas em saúde recomendarem uma dieta com baixo teor de gordura saturada.

“Nos últimos 80 anos, as pessoas com hipercolesterolemia familiar foram orientadas a diminuir o colesterol com uma dieta baixa em gordura saturada”, disse o autor principal Dr. David Diamond, professor e pesquisador de doenças cardíacas da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos. “Nosso estudo mostrou que uma dieta mais ‘saudável para o coração’ é baixa em açúcar, não em gordura saturada”.

O Dr. Diamond e os co-autores dizem que seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos é mais eficaz para pessoas com risco aumentado de doenças cardíacas, como aquelas com excesso de peso, hipertensas e diabéticas. Suas descobertas são consistentes com outro artigo recentemente publicado na revista científica Journal of the American College of Cardiology, que forneceu evidências de que alimentos que aumentam o açúcar no sangue, como pão, batata e doces, devem ser minimizados, em vez de óleos e alimentos à base de animais.

[Conforme o artigo científico, é importante salientar que as pesquisas mostraram que o subconjunto de indivíduos com hipercolesterolemia familiar que desenvolveram doença cardíaca coronária apresentaram fatores de risco associados a um fenótipo resistente à insulina (triglicerídeos elevados, glicemia, glicemia, hemoglobina A1c (HbA1c), obesidade, hiperinsulinemia, alta sensibilidade proteína C reativa, hipertensão) ou aumento da suscetibilidade ao desenvolvimento de coagulopatia.]

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade do Sul da Flórida (em inglês).

Fonte: Universidade do Sul da Flórida. Imagem: Pixabay.

 

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