Notícia
Nutrição na saúde digestiva
O cuidado da nossa saúde digestiva se inicia na boca, mais precisamente pela mastigação
Wikimedia Commons
Fonte
CRN - 8 | Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª região
Data
sábado, 9 junho 2018 16:30
Áreas
Educação Nutricional. Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública
O sistema digestório é responsável pela absorção de nutrientes, desintoxicação do organismo, síntese de hormônios e neurotransmissores, possuindo, ainda, função imunológica. É formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, reto e órgãos anexos (glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar).
As etapas da digestão incluem mastigação, deglutição, o movimento do alimento ao longo do trato gastrointestinal, a mistura do bolo alimentar com as secreções hepáticas e pancreáticas para formação do quimo (moléculas pequenas o suficiente que podem ser absorvidas), para então haver a distribuição para o corpo, pelo sangue ou linfa, e posterior excreção dos dejetos.
Pensando que os nutrientes são o “combustível” do nosso organismo sabe-se a importância vital do correto funcionamento de todo o trato gastrointestinal para manutenção da nossa saúde.
Desse modo, o cuidado da nossa saúde digestiva se inicia na boca, mais precisamente pela mastigação. A ineficiência deste processo predispõe a problemas de má digestão, uma vez que a etapa inicial não foi concluída, chegando aos outros órgãos como moléculas mal digeridas e prejudicando todo a sequência do processo digestivo.
Dica nutricional:
É importante ter calma e paciência na hora das refeições e mastigar muito bem os alimentos. Além de otimizar o processo de digestão, o momento da refeição será mais prazeroso.
Em seguida, os alimentos parcialmente digeridos passam pelo esôfago, um tubo de 25 a 30 cm. Esse órgão possui uma estrutura chamada Esfíncter Esofágico Inferior (EEI), que funciona como uma válvula, relaxando para que o alimento passe para o estômago e contraindo para que o conteúdo ácido do estômago não retorne ao esôfago. Porém, o uso de alguns medicamentos, o excesso de peso, a ingestão de grande volume alimentar em uma única refeição e o consumo alimentar frequente de doces, frituras, café, refrigerantes e bebidas alcóolicas propiciam o relaxamento do EEI e, consequentemente, a perda do movimento de contração, facilitando o retorno do conteúdo ácido ao esôfago, desencadeando, assim, os sintomas de azia e refluxo gastroesofágico. Além disso, a ingestão destes alimentos favorecem a ocorrência de uma inflamação aguda ou crônica na mucosa do estômago, conhecida como gastrite.
Nesse contexto, grande parte da população, para aliviar os sintomas de dor e queimação, utiliza os medicamentos antiácidos e/ou inibidores de bomba de prótons, que proporcionam rápido alívio, pois neutralizam a acidez estomacal. Vale ressaltar que o uso prolongado dessa classe de medicamentos pode trazer consequências, uma vez que a acidez do suco gástrico é essencial para a digestão de proteínas e de alguns nutrientes, como, por exemplo, ferro e vitamina B12. Consequentemente, o alimento permanece por um tempo maior no estômago, gerando desconforto e sensação de empachamento. Sendo assim, não é recomendada a automedicação. No caso de haver esses sintomas, a melhor solução é procurar um médico para correto diagnóstico e tratamento.
Dicas nutricionais:
É aconselhável evitar frituras, café, refrigerantes, bebidas alcóolicas e alimentos ultraprocessados. Além disso, é importante incluir alimentos ricos em nutrientes reparadores e de crescimento da mucosa como vitaminas A, B12, C e E, ácido fólico e zinco.
Para não sobrecarregar o sistema digestório, faça refeições pequenas e equilibradas ao longo do dia.
Outra dica seria consumir, como sobremesa do almoço e/ou jantar, abacaxi ou mamão papaia, pois essa frutas favorecem o processo digestivo, devido às enzimas digestivas bromelina e papaína, respectivamente, encontradas nestes alimentos. Alguns chás também possuem ação digestiva: alecrim, erva-cidreira, erva-doce e hortelã.
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Fonte: Gisele Farias, CRN-8. Imagem: Wikimedia Commons
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