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Evidências crescentes dos benefícios da vitamina K para a saúde do coração

Estudo descobriu que pessoas com maior ingestão de vitamina K1 tinham 21 % menos probabilidade de serem hospitalizadas com doenças cardiovasculares relacionadas à aterosclerose e para a vitamina K2, o risco de ser hospitalizado foi 14 % menor

Pixabay, arte

Fonte

ECU | Universidade Edith Cowan

Data

terça-feira, 10 agosto 2021 11:10

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional. Saúde Pública

Uma nova pesquisa da Universidade Edith Cowan (ECU) descobriu que as pessoas que consomem uma dieta rica em vitamina K têm um risco até 34% menor de doenças cardiovasculares relacionadas à aterosclerose (condições que afetam o coração ou os vasos sanguíneos).

Os pesquisadores examinaram dados de mais de 50.000 pessoas que participaram do estudo da dieta dinamarquesa, câncer e saúde ao longo de um período de 23 anos. Eles investigaram se as pessoas que consumiram mais alimentos contendo vitamina K tinham um risco menor de doenças cardiovasculares relacionadas à aterosclerose (acúmulo de placas nas artérias).

Existem dois tipos de vitamina K encontrados nos alimentos que consumimos: a vitamina K1 vem principalmente de vegetais com folhas verdes e óleos vegetais, enquanto a vitamina K2 é encontrada na carne, ovos e alimentos fermentados, como queijo.

O estudo descobriu que as pessoas com maior ingestão de vitamina K1 tinham 21 % menos probabilidade de serem hospitalizadas com doenças cardiovasculares relacionadas à aterosclerose. Para a vitamina K2, o risco de ser hospitalizado foi 14 % menor.

Esse risco mais baixo foi observado para todos os tipos de doenças cardíacas relacionadas à aterosclerose, particularmente para doença arterial periférica em 34%.

A pesquisadora Dra. Nicola Bondonno da ECU, autora sênior do estudo, disse que as descobertas sugerem que consumir mais vitamina K pode ser importante para a proteção contra a aterosclerose e doenças cardiovasculares subsequentes.

“As diretrizes dietéticas atuais para o consumo de vitamina K geralmente são baseadas apenas na quantidade de vitamina K1 que uma pessoa deve consumir para garantir que seu sangue possa coagular. No entanto, há evidências crescentes de que a ingestão de vitamina K acima das diretrizes atuais pode oferecer proteção adicional contra o desenvolvimento de outras doenças, como a aterosclerose”, disse a pesquisadora.

“Embora mais pesquisas sejam necessárias para compreender totalmente o processo, acreditamos que a vitamina K atua protegendo contra o acúmulo de cálcio nas principais artérias do corpo, levando à calcificação vascular,” completou a pesquisadora.

O pesquisador da Universidade da Austrália Ocidental, Dr. Jamie Bellinge, o primeiro autor do estudo, disse que o papel da vitamina K na saúde cardiovascular e particularmente na calcificação vascular é uma área de pesquisa que oferece uma esperança promissora para o futuro.

“As doenças cardiovasculares continuam sendo uma das principais causas de morte na Austrália e ainda há uma compreensão limitada da importância das diferentes vitaminas encontradas nos alimentos e seus efeitos sobre ataques cardíacos, derrames e doenças das artérias periféricas”, disse o Dr. Bellinge.

“Essas descobertas lançam luz sobre o efeito potencialmente importante que a vitamina K tem sobre a doença que leva a óbito e reforça a importância de uma dieta saudável na sua prevenção”, completou o pesquisador.

Próximas etapas da pesquisa

A Dra. Bondonno disse que, embora os bancos de dados sobre o teor de vitamina K1 dos alimentos sejam muito abrangentes, atualmente há muito menos dados sobre o teor de vitamina K2 dos alimentos. Além disso, existem 10 formas de vitamina K2 encontradas em nossa dieta e cada uma delas pode ser absorvida e agir de forma diferente em nosso corpo.

“A próxima fase da pesquisa envolverá o desenvolvimento e o aprimoramento de bancos de dados sobre o teor de vitamina K2 dos alimentos. Mais pesquisas sobre as diferentes fontes dietéticas e os efeitos dos diferentes tipos de vitamina K2 são uma prioridade”, disse a Dra. Bondonno.

Além disso, há uma necessidade de um banco de dados australiano sobre o teor de vitamina K dos alimentos australianos.

Para atender a essa necessidade, o Dr. Marc Sim, colaborador do estudo, acaba de desenvolver um banco de dados australiano sobre o teor de vitamina K dos alimentos, que será publicado em breve.

O artigo ‘Consumo de vitamina K e doença cardiovascular aterosclerótica no Estudo Dinamarquês de Dieta e Saúde do Câncer’ foi publicado na revista científica Journal of the American Heart Association. A pesquisa faz parte do Instituto de Pesquisa em Nutrição da ECU.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Edith Cowan (em inglês).

Fonte: Universidade Edith Cowan. Imagem: Pixabay, arte.

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