Notícia
Doença inflamatória intestinal requer cuidados com a alimentação
15Muitos indivíduos com doença inflamatória intestinal não toleram leite, feijões e grande quantidade de fibras, presentes em frutas, verduras e legumes
Freepik
Fonte
UNIRIO | Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Data
terça-feira, 19 maio 2020 12:15
Áreas
Nutrição Clínica. Saúde Pública
O dia 19 de maio é o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, que atinge cada vez mais pessoas no país. A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) entrevistou as professoras Dra. Fabricia Junqueira e Dra.Thaís Ferreira da Escola de Nutrição da UNIRIO.
O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal acontece anualmente em 19 de maio, como forma de alertar para a prevenção e reforçar os cuidados com a enfermidade, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo.
A Escola de Nutrição da UNIRIO, por meio de projetos de extensão e de pesquisa coordenados pelas professoras Dra. Fabricia Junqueira e Dra. Thaís Ferreira, realiza o acompanhamento nutricional de pessoas com diagnóstico de doença inflamatória intestinal no Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG).
Ao longo dos anos de atuação, as professoras e alunos identificaram a necessidade da criação de conteúdos educativos que pudessem complementar o atendimento individualizado e as atividades realizadas na sala de espera, já que alimentação e nutrição estão intimamente relacionadas ao controle da doença.
Assim foi concebido o conteúdo Alimentação na Doença Inflamatória Intestinal, voltado a pessoas com diagnóstico de doença inflamatória intestinal e seus familiares. O objetivo principal é contribuir para o esclarecimento de possíveis dúvidas e dar autonomia para escolhas alimentares mais adequadas e saudáveis.
A seguir, a entrevista realizada com as professoras Dra. Fabricia Junqueira e Dra. Thaís Ferreira:
UNIRIO – Como se caracteriza a Doença Inflamatória Intestinal?
A doença inflamatória intestinal é caracterizada por inflamação crônica da parede do trato gastrointestinal. Não se sabe a causa exata, mas a literatura científica mostra que existem muitos fatores associados, como por exemplo fatores genéticos, socioambientais, microbiológicos e imunológicos. Os principais tipos de doença inflamatória intestinal são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Os sintomas observados com maior frequência são alterações na função intestinal, como diarreia e/ou constipação, sangramento nas fezes, além de dor e distensão abdominal. Todas essas questões apresentam impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos com doença inflamatória intestinal.
UNIRIO – Qual a importância do controle da alimentação nestes pacientes?
É fundamental o acompanhamento nutricional para esses indivíduos com doença inflamatória intestinal. Por se tratar de uma doença que interfere no funcionamento do trato gastrointestinal e no processo de digestão e absorção de nutrientes, essas pessoas podem apresentar perda de peso e carências diversas de vitaminas e minerais. Por outro lado, na fase de remissão, ou seja, de melhora dos sinais e sintomas, muitos indivíduos conseguem manter por determinados períodos uma ingestão alimentar muito semelhante à população, com risco de ganho de peso excessivo. Além disso, a ingestão de determinados alimentos ou não consumo de alguns alimentos pode contribuir para a exacerbação de sintomas ou ajudar no controle dos mesmos. Por isso, o acompanhamento nutricional é essencial para traçar um plano alimentar adequado, com orientações alimentares específicas para cada situação. O nutricionista orienta as substituições que devem ser feitas de forma adequada para evitar distúrbios nutricionais.
UNIRIO – De forma geral, quais as principais recomendações alimentares para quem tem a doença inflamatória intestinal?
As orientações dependem da fase da doença. Os indivíduos com doença inflamatória intestinal podem apresentar períodos em que a doença está ativa (com processo inflamatório, com dor, alteração da função intestinal, entre outros sinais e sintomas) e outros períodos em que a doença está em remissão, ou seja, com a doença controlada e sem sinais e sintomas. Dependendo da fase da doença, a alimentação deverá ser individualizada para cada indivíduo. De qualquer forma, muitos indivíduos com doença inflamatória intestinal não toleram leite, feijões e grande quantidade de fibras, presentes em frutas, verduras e legumes. Algumas opções de substituição são leite sem lactose, caldo de feijão e frutas e legumes específicos.
Acesse a notícia completa na página da UNIRIO.
Fonte: Comunicação, UNIRIO. Imagem: Freepik.
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