Notícia

Um terço dos consumidores brasileiros substituem a refeição por lanches em meio ao aumento da inflação

A embalagem é a principal preocupação dos consumidores de lanches preocupados com a sustentabilidade, 40% preferem lanches em embalagens sustentáveis, enquanto 28% preferem lanches naturais porque geralmente vêm com menos embalagens

Freepik

Fonte

Mintel

Data

terça-feira, 30 maio 2023 20:10

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos . Engenharia de Alimentos. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

  • 52% dos consumidores brasileiros cortaram itens supérfluos (por exemplo, salgadinhos) de sua lista de compras devido ao aumento de preços e à inflação
  • 40% dos consumidores dizem preferir lanches com embalagens sustentáveis
  • Quase 4 em cada 10 (39%) consumidores de 16 a 34 anos dizem que consomem lanches para relaxar/desestressar

O aumento da inflação faz com que os consumidores brasileiros sintam o aperto, resultando em uma redução nos gastos não essenciais. Segundo a última pesquisa da Mintel, 52% dos consumidores brasileiros cortaram itens supérfluos e não essenciais, como salgadinhos, do orçamento para economizar. Outra medida de corte de custos é a substituição de refeições completas por lanches, o que um terço (33%) dos brasileiros fez nos últimos três meses.

Analisando por que os consumidores estão substituindo as refeições por lanches, dois terços (66%) dizem que o fazem para satisfazer a fome. Embora aparentemente óbvio, Mintel’s 2023 Global Food & Drink Trends, Savvy Sustenance, indica que, neste momento de instabilidade econômica e alta inflação, os consumidores estão dando preferência a alimentos que os deixem saciados por mais tempo e ofereçam uma composição nutricional mais completa, que pode ser diretamente ligada ao consumo de lanches.

Laura Menegon, Analista de Alimentos e Bebidas, LatAm, disse:

“A substituição de refeições não é nova, especialmente porque os consumidores estão cada vez mais sobrecarregados pelo tempo; no entanto, como esses consumidores estão optando por produtos convenientes, há uma oportunidade para as marcas de snacks lançarem produtos que sejam convenientes, mas também proporcionem uma sensação de saciedade semelhante à de uma refeição e com perfis de ingredientes e nutrientes mais variados. Produtos com maior densidade energética e nutricional que oferecem uma sensação de saciedade mais longa estão bem posicionados para conquistar a preferência do consumidor por uma melhor relação custo-benefício”.

Preocupação do consumidor com embalagens e ingredientes sustentáveis

A embalagem é a principal preocupação dos consumidores de lanches preocupados com a sustentabilidade, já que 40% preferem lanches em embalagens sustentáveis, enquanto 28% preferem lanches naturais porque geralmente vêm com menos embalagens. Os consumidores buscam marcas mais transparentes, como demonstrado por 36% dos consumidores brasileiros que esperam que mais marcas façam declarações claras sobre suas ações sustentáveis.

Além disso, de um terço (30%) dos consumidores que se preocupam com a sustentabilidade dos ingredientes usados em lanches, 76% estão dispostos a pagar mais por lanches de alta qualidade/premium. Por fim, 22% deixariam de comer um lanche se soubessem que a marca não contribui para iniciativas de sustentabilidade.

“Como a sustentabilidade é um fator cada vez mais importante para os consumidores brasileiros quando se trata de embalagens e ingredientes para lanches, fabricantes e varejistas precisarão ser transparentes em seus esforços para reduzir o desperdício e reutilizar materiais. A redução pode ocorrer pela eliminação da embalagem secundária e pelo uso de material biodegradável e mais fino. As marcas também podem investir em embalagens reutilizáveis, que não só carregam as credenciais de sustentabilidade como também agregam valor ao produto. Marcas que priorizam soluções de embalagens sustentáveis provavelmente atrairão os consumidores brasileiros”, continuou Menegon.

Consumo de lanches e saúde mental

Por fim, a pesquisa da Mintel mostra que os jovens adultos de 16 a 34 anos concordam que os lanches ajudam a aliviar problemas de saúde mental e emocional: 30% dos consumidores de 16 a 34 anos fazem lanches para se animar, em comparação com 16% daqueles com mais de 35 anos. Além disso, 39% das pessoas de 16 a 34 anos fazem um lanche para relaxar/desestressar, em comparação com 29% das pessoas com mais de 35 anos. A relação entre lanches e o alívio ou controle de problemas emocionais é especialmente relevante para os consumidores jovens, pois dois em cada cinco consumidores entre 16 e 34 anos concordam que comer lanches os ajuda a lidar com a ansiedade (41%) e é uma boa maneira de desestressar ( 42%), em comparação com um terço (32% e 36%, respectivamente) dos consumidores com mais de 35 anos.

“A relação entre o lanche e o alívio ou controle de questões emocionais é especialmente relevante para o consumidor jovem e por oferecer um momento agradável e relaxante no meio do dia, os lanches vêm ganhando importância no dia a dia dos brasileiros. As marcas devem buscar oferecer produtos com os benefícios desejados para cada ocasião de consumo de lanches, e destacar os atributos mais desejados por essa faixa etária mais jovem para atrair quem deseja aliviar o estresse e a ansiedade proporcionando momentos de descontração e indulgência”, finalizou Laura Menegon.

Acesse a notícia completa na página da Mintel (em inglês).

Fonte: Laura Menegon, Mintel. Imagem: Freepik.

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