Notícia
Reduzir desperdício de alimentos pode reduzir danos ao meio ambiente e aumentar segurança alimentar
Estimativas atuais sugerem que, globalmente, 30% dos alimentos produzidos a cada ano são desperdiçados nas fases de cultivo, transporte, processamento, níveis de varejo e consumo
Wikimedia Commons
Fonte
Universidade de Sheffield
Data
terça-feira, 6 outubro 2020 14:25
Áreas
Biotecnologia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos. Gastronomia. Nutrição Coletividades
Um grupo de pesquisadores do Instituto para Alimentos Sustentáveis da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, contribuiu em um estudo que concluiu que os investimentos na redução da perda e desperdício de alimentos podem levar a melhorias significativas para a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental. Os especialistas fazem parte do Programa de Ação em Resíduos e Recursos (WRAP, da sigla em inglês).
Nos últimos 120 anos, o aumento da produtividade de algumas safras básicas tem sido o foco para a produção de alimentos suficientes em todo o mundo. No entanto, este sistema agroalimentar é agora considerado insustentável, colocando em risco o meio ambiente e deixando de atender às necessidades calóricas e nutricionais de uma população que deverá aumentar em três bilhões de pessoas nos próximos 30 anos.
O progresso na redução da perda e desperdício de alimentos por países que se comprometeram com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas em 2015 tem sido irregular e as estimativas atuais sugerem que, globalmente, 30% dos alimentos produzidos são desperdiçados a cada ano nas fases de cultivo, transporte, processamento, varejo e consumo.
A recente pandemia do novo coronavírus também trouxe à luz a instabilidade das cadeias globais de abastecimento de alimentos e uma nova dependência do abastecimento doméstico, o que levou os produtores a destruir produtos não vendidos.
O relatório Lidando com a perda e desperdício de alimentos: um problema global com soluções locais coletou dados de produtos alimentícios (como frango, pão, frutas e leite) no Reino Unido, Ruanda, Vietnã e Nigéria e usou um modelo de simulação para entender como essas cadeias de abastecimento de alimentos funcionam quando sob pressão para identificar soluções para um novo modelo sustentável de produção de alimentos.
O Dr. Christian Reynolds, colaborador do estudo e pesquisador visitante do Instituto para Alimentos Sustentáveis, disse: “O Banco Mundial escreveu um relatório para mudar o jogo. Este relatório mostra claramente que as reduções na perda e no desperdício de alimentos podem desempenhar um papel significativo na redução da pegada ambiental dos alimentos, ao mesmo tempo que aumenta a segurança alimentar e nutricional. A evidência é clara, precisamos agir agora em escalas local, nacional e global para reduzir a perda e o desperdício de alimentos”.
Especialistas do Instituto de Alimentos e Energia Sustentáveis da Universidade de Sheffield começaram a colocar essas recomendações em prática trabalhando com o WRAP para produzir um Modelo de Simulação Doméstico. Este modelo inovador ajuda os usuários a entender a dinâmica doméstica que pode afetar o desperdício de alimentos, como compra, armazenamento e consumo. O modelo foi projetado para determinar quais mudanças no comportamento das pessoas e nos produtos alimentícios podem levar às maiores reduções no desperdício de alimentos.
“As estratégias para reduzir a perda e o desperdício de alimentos podem trazer vários benefícios”, disse o Dr. Juergen Voegele, vice-presidente para o desenvolvimento sustentável do Banco Mundial. “Junto com outras políticas e investimentos, essas estratégias podem desempenhar um papel importante em ajudar os países a melhorar a saúde de seus povos, economias e meio ambiente”, concluiu o gestor.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Sheffield (em inglês)
Fonte: Rebecca Ferguson, Universidade de Sheffield. Imagem: Wikimedia Commons.
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