Notícia
Pesquisa descobre substituto natural de agrotóxicos em óleos de eucalipto
Estudo ainda descreve os óleos e extratos em dois tipos, de acordo com o poder de ação dos mesmos junto ao fungo
Divulgação, UESB
Fonte
UESB | Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Data
segunda-feira, 19 agosto 2019 10:55
Áreas
Agricultura. Agronomia
A macadâmia é uma espécie florestal em crescente cultivo no Brasil, principalmente para exploração de suas nozes, conhecidas pelo alto valor nutricional. Porém, um fungo específico dessa árvore vem dificultando o crescimento da planta e, consequentemente, a produção de flores e frutos. Buscando encontrar um substituto natural para agrotóxicos, que também seja capaz de combater esse fungo, a pesquisadora Cátia Libarino deu início a um estudo com eucaliptos, que vem sendo desenvolvido no Mestrado em Ciências Florestais da Uesb.
A ideia de trabalhar com produtos menos nocivos surge em meio à divisão entre ruralistas, entidades de saúde e meio ambiente, devido ao Projeto de Lei 6299/02, que visa atualizar a legislação dos Agrotóxicos de 1989. A proposta segue em tramitação no legislativo, mas, na prática, a flexibilização na liberação dos produtos, que está entre os pontos da pauta, já vem acontecendo. Resultado disso é que, até junho deste ano, o Ministério da Agricultura liberou 239 novos agrotóxicos no país, de acordo com publicações do Diário Oficial da União (DOU).
Para a realização da pesquisa, foram extraídos óleos essenciais e extratos vegetais de três espécies do eucalipto, planta que apresenta histórico no controle de doenças florestais. O estudo ainda descreve os óleos e extratos em dois tipos, de acordo com o poder de ação dos mesmos junto ao fungo. Os fungicidas são aqueles que inibem totalmente o fungo da macadâmia, enquanto os fungistáticos apenas amenizam o crescimento do fungo.
O óleo essencial da espécie Corymbia citriodora foi o que apresentou maior eficiência em todas as dosagens testadas na inibição do crescimento do fungo, sendo que a menor dose testada foi considerada satisfatória para inibição total do organismo.
A pesquisadora ressaltou ainda que até os extratos vegetais, que tiveram ação menos efetiva que os óleos, podem ser considerados opções imediatas para reduzir a severidade de fitopatógenos, organismos que causam doenças das plantas. “A facilidade de preparação [desses extratos] utilizando um processador mecânico e sua elevada biodegradabilidade no ambiente torna o processo/produto mais acessível. As folhas frescas em áreas de cultivo pós-colheita ou durante tratos culturais também podem ser aproveitadas para a produção, em média e grande escala, de extratos vegetais”, lembrou Cátia Libarino.
Aplicabilidade
De acordo com o orientador da pesquisa, professor Dr. Dalton Longue, a extração dos produtos foi pensada para que desde um pequeno produtor rural até uma grande empresa possam aplicar as técnicas, tanto em nível de viveiro como em campo, a depender das tecnologias disponíveis.
Acesse a notícia completa na página da UESB.
Fonte: Ascom, UESB. Imagem: Divulgação, UESB.
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