Notícia

Risco de doença celíaca pode estar relacionado à quantidade de glúten consumida por crianças

Novo estudo é observacional e não demonstra causalidade, mas é o mais abrangente de seu tipo até hoje

Pixabay

Fonte

Universidade Lund

Data

sábado, 17 agosto 2019 10:10

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional

Estudo confirmou que o risco de desenvolver doença celíaca pode estar relacionado à quantidade de glúten consumida por crianças. O novo estudo é apenas observacional, no entanto, é o mais abrangente de seu tipo até hoje. Os resultados foram apresentados na revista científica JAMA.

No total, 6.600 crianças com risco aumentado de desenvolver doença celíaca foram acompanhadas desde o nascimento até os cinco anos de idade, na Suécia, Finlândia, Alemanha e EUA. “Nosso estudo mostra uma clara associação entre a quantidade de glúten consumida pelas crianças e o risco de desenvolver doença celíaca ou doença pré-celíaca. Isso confirma nossas descobertas anteriores de estudos sobre crianças suecas ”, diz o Dr. Daniel Agardh, líder do estuo e professor da Universidade Lund, na Suécia.

As descobertas anteriores foram de um estudo piloto menor em 2016, realizado pelo mesmo grupo de pesquisa. Apenas crianças suecas participaram desse estudo e o tempo de acompanhamento foi menor. Os resultados atuais também mostram que o risco de desenvolver a doença pré-celíaca ou doença celíaca foi maior em crianças de 2 a 3 anos. O aumento do risco foi perceptível mesmo com pequenas quantidades de glúten – uma ingestão diária de 2 gramas – ou o equivalente a uma fatia de pão branco.

“A ingestão diária de glúten acima de 2 gramas aos 2 anos de idade foi associada a um aumento de 75% no risco de desenvolver doença celíaca. Esta é uma comparação com crianças que comeram menos de 2 gramas de glúten. No entanto, determinar uma recomendação ou limite é um desafio, pois a ingestão de glúten varia e aumenta durante os primeiros anos de vida”, diz a Dra. Carin Andrén Aronsson,  autora do artigo e nutricionista da Universidade Lund. A associação foi evidente em todos os países participantes, com exceção da Alemanha, onde havia dados insuficientes para tirar conclusões definitivas.

Quando se trata de aconselhamento dietético, o Dr. Daniel Agardh considera que a Agência Nacional de Alimentos sueca ou organizações equivalentes em outros países é que devem tirar conclusões sobre possíveis alterações nas recomendações sobre o consumo de glúten. O pesquisador também enfatiza que a maioria do grupo com risco aumentado de doença celíaca não desenvolve a doença. “Portanto, deve-se levar seriamente em consideração antes de dar conselhos sobre uma determinada dieta ou restrições alimentares”, diz o Dr. Daniel Agardh.

A pesquisa atual é baseada na ingestão total de glúten. O próximo passo é estudar quais grupos de alimentos que contêm glúten são de maior importância em comparação com outros para o desenvolvimento da doença celíaca. Em outros projetos de pesquisa, o Dr. Daniel Agardh e seus colegas investigam o significado das doenças infecciosas, bem como se uma dieta totalmente isenta de glúten pode reduzir o risco de doença celíaca em crianças que foram avaliadas como tendo o maior risco de desenvolver a doença.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Lund (em inglês).

Fonte: Universidade Lund. Imagem: Pixabay.

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