Notícia

Unicamp licencia tecnologia para diminuir uso de antibióticos em rações para peixes

Formulação feita a partir de óleos essenciais melhora o sistema imunológico de peixes

Freepik

Fonte

Jornal da Unicamp

Data

sexta-feira, 6 maio 2022 14:50

Áreas

Aquicultura. Biotecnologia. Engenharia de Pesca. Zootecnia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de duas porções de pescado por semana, o equivalente a 250 g. No Brasil, a média está abaixo do ideal e há uma discrepância de consumo segundo a região do país. O pescado é mais comumente usado na culinária da região Norte, enquanto na região Sul ainda prevalece a carne vermelha. A presença do peixe na dieta humana é recomendada por nutricionistas em função de seu perfil nutricional.

O aumento da produção de peixe em cativeiro pode ampliar o consumo de pescado em todas as regiões do país. Apesar do grande potencial da aquicultura, há desafios a serem enfrentados para diminuir o impacto ambiental e ampliar a qualidade do pescado voltado para o consumo humano. Neste contexto, uma tecnologia desenvolvida no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Unicamp (CPQBA) pode ser uma aliada para a produção em maior escala por meio da aquicultura.

A tecnologia oferece uma alternativa natural para prevenção e tratamento de bacterioses. O antibiótico é o principal tratamento empregado no controle das bacterioses em peixes, mas seu uso excessivo pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes e à poluição do meio ambiente. O desafio de substituir os antibióticos na dieta dos peixes foi objeto da pesquisa de doutorado desenvolvida pela Dra. Renata Estaiano de Rezende. Sob a orientação da pesquisadora Dra. Marta Cristina Duarte, a Dra. Rezende testou 71 óleos essenciais voláteis, até encontrar a composição ativa exata para combater os três principais tipos de bactérias que atingem a produção industrial de peixes e mariscos.

O resultado é uma formulação feita a partir dos óleos essenciais de tomilho, tomilho vermelho e alecrim pimenta. Quando aplicada à ração, obtém-se maior imunidade dos peixes. “Notamos um aumento significativo na quantidade de leucócitos em peixes que consumiram a ração com a mistura dos óleos”, explicou a Dra. Duarte. Também participaram do desenvolvimento da tecnologia os pesquisadores Dr. Rodney Rodrigues e a Dra. Marili Villa Nova Rodrigues.

A solução foi protegida por meio de patente pela Agência de Inovação Inova Unicamp, que também negociou o contrato de licenciamento para a Terpenia, empresa com foco no desenvolvimento de produtos a partir de tecnologias advindas da Unicamp. “Nossa equipe está muito satisfeita com a parceria com a Unicamp. A Inova nos deu um ótimo suporte em orientação e formalização das licenças e estamos estudando novas tecnologias para nosso portfólio de atuação”, relatou Wolney Longhini, sócio consultor e responsável pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Terpenia.

Próximos passos em direção ao mercado – Nos testes de efetividade da formulação realizados na Unicamp, o Dr. Rezende fez um pequeno furo na ração de peixe comercial e inseriu ali a formulação com os óleos, alcançando bons resultados em pequena escala. A próxima fase do desenvolvimento é ampliar a escala de maneira a produzir um suplemento a partir da formulação. Para essa etapa, a Terpenia está em busca de parceiros. “Identificamos o potencial para geração de um suplemento que pode reduzir o uso de antibióticos na alimentação de peixes para o controle de bacterioses. Começamos, então, a busca de parceiros para o desenvolvimento em escala industrial”, comentou Longhini.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da Unicamp.

Fonte: Caroline Roxo, Jornal da Unicamp. Imagem: Freepik.

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