Notícia

Serra da Mantiqueira prepara-se para a safra das oliveiras e produção de azeites deve superar a de 2023

O Brasil está entre os países que mais consomem azeite no mundo e importa em média 100 milhões de litros por ano

Lucio Patone via Unsplash

Fonte

Epamig | Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais

Data

quinta-feira, 28 dezembro 2023 11:20

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias. Sustentabilidade

A região da Serra da Mantiqueira, entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, prepara-se para a colheita das azeitonas da safra 2024. A expectativa é que a produção de azeites cresça em relação ao ano de 2023, quando alcançou 60 mil litros. “Tivemos uma boa florada e a previsão é que a extração de azeites no próximo ano seja superior à desde ano, mas ainda não podemos afirmar o quão será maior”, informou o Dr. Pedro Moura, engenheiro agrônomo  e integrante do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

A produção de azeites no Brasil é bastante recente. A primeira extração nacional foi realizada pela Epamig em Maria da Fé no ano de 2008, por esta razão pesquisadores e olivicultores acompanham com cautela a evolução de cada safra. “Alcançamos importantes avanços em termos de tecnologia em todas as etapas da cadeia produtiva, produção de mudas, tipo de poda, manejo, agroindústria, análise da azeitona e do azeite. Mas ainda há muito a se evoluir seja no estudo do comportamento das plantas, seja no conhecimento do potencial produtivo da oliveira ou em ações para amenizar os impactos das condições climáticas”, comentou o Dr. Luiz Fernando de Oliveira, engenheiro agrônomo e coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig.

Para a safra 2024, a Epamig prepara mais uma edição do Azeitech, composto pelo 19º. Dia de Campo de Olivicultura e pela 9ª. Mostra Tecnológica, que acontecem no próximo dia 2 de fevereiro, no Campo Experimental de Maria da Fé, justamente no período de colheita das azeitonas. Na ocasião, a agroindústria de extração de azeite da Unidade será reinaugurada. O lagar modernizado conta com novos equipamentos, como máquina extratora, lavadores de garrafa, rotuladores e tanques de inox, que vão ampliar a capacidade de produção e os serviços aos ofertados olivicultores e produtores de azeite de abacate.

Alta nos preços e consumo de azeites

A busca por azeites aumenta no período das festas de final de ano. Neste ano, a produção mundial sofreu uma queda brusca em função das mudanças climáticas registradas, principalmente, na Europa, em países exportadores como Espanha, Itália e Grécia. Por esta razão, os preços dos azeites nos supermercados brasileiros também oscilaram para mais (alta superior a 20% de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas).

“Infelizmente, a perspectiva é que essa alta se mantenha até a recuperação da produtividade nas regiões tradicionais. E temos pela frente outro período de alta demanda, a Páscoa, no qual os preços podem aumentar mais”, avaliou o pesquisador,  Dr. Pedro Moura.

O Brasil está entre os países que mais consomem azeite no mundo e importa em média 100 milhões de litros por ano. A produção nacional é bastante incipiente e resulta em pouco mais de 500 mil litros/ano. Como a cultura exige um mínimo de horas de frio, o crescimento das áreas de produção é restrito. O plantio se concentra em regiões serranas como a Mantiqueira e frias como o Sul do Brasil. “O azeite nacional tem como principal diferencial o frescor. Aqui na Mantiqueira, a atividade está em crescimento, mas não almejamos competir quantitativamente com as grandes regiões produtoras. O objetivo é sim marcar espaço pela produção de azeites de elevada qualidade e sabor marcante”, destacou o Dr. Luiz Fernando de Oliveira.

Os pesquisadores alertam ainda para o risco de fraudes no azeite. O produto, que é um dos mais adulterados no gênero alimentício, tende a ser mais visado nesta fase de alta de preços. “Temos que lembrar que o azeite tem um alto custo de produção e que essa alta de preços é uma tendência mundial, então consumidor tem que desconfiar de preços muito mais baratos do que os comumente praticados”.

Acesse a notícia completa na página da Epamig.

Fonte: Epamig.  Imagem: Lucio Patone via Unsplash.

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