Notícia

Restrição de carboidratos pode beneficiar adolescentes com doença hepática gordurosa

A DHGNA emergiu como a forma mais comum de doença hepática entre adolescentes em países industrializados, de acordo com estudo

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Fonte

Universidade do Alabama em Birmingham

Data

sexta-feira, 17 abril 2020 07:40

Áreas

Nutrição Clínica

Estudo publicado na revista científica Pediatric Obesity sugere que o consumo de uma dieta moderadamente restrita em carboidratos pode resultar em diminuição do tecido adiposo do fígado, além de melhorias na composição corporal e na resistência à insulina, em adolescentes com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). O estudo foi conduzido por pesquisadores do Departamento de Ciências da Nutrição da Universidade do Alabama em Birmingham, nos Estados Unidos.

A DHGNA emergiu como a forma mais comum de doença hepática entre adolescentes em países industrializados, de acordo com o estudo, atingindo 40% em crianças com obesidade. Para crianças e adolescentes de 2 a 19 anos, a prevalência de obesidade atingiu 17% e afeta quase 13 milhões de crianças nos Estados Unidos.

A Dra. Amy Goss, autora principal da pesquisa , afirmou que é fundamental compreender a eficácia das intervenções no estilo de vida, como soluções de longo prazo no tratamento dessa condição em populações de crianças e adolescentes.

“Para muitas crianças, a DHGNA acaba progredindo e, quando são adultos, podem ter outras complicações de saúde ou até precisar de um transplante. Há outros estudos que se concentram mais na remoção de açúcares adicionados; mas, pelo que sabemos, este é o primeiro estudo a testar a eficácia da qualidade geral da dieta”, explicou a Dra. Amy Goss.

O objetivo principal do estudo piloto foi comparar os efeitos de uma dieta individualizada de manutenção do peso, alta qualidade e baixo teor de carboidratos, em relação à dieta com baixo teor de gordura, em 32 crianças e adolescentes com DHGNA. Foi aplicada uma intervenção familiar com uma fase de alimentação de duas semanas e uma fase de escolhas livre de seis semanas.

A dieta moderadamente restrita em carboidratos foi projetada para minimizar a ingestão de carboidratos refinados, como açúcares adicionados, grãos com alto índice glicêmico e frutose. A dieta restrita a gordura limitou os alimentos ricos em gordura, como manteiga, queijo cremoso, frituras e bacon.

Todos os mantimentos foram fornecidos às famílias por um serviço de entrega durante as duas primeiras semanas da fase de alimentação controlada modificada. Durante toda a intervenção, pais e responsáveis ​​foram incentivados a adotar a dieta prescrita para toda a família. Foi solicitado aos participantes que completassem um diário alimentar de três dias na quarta semana da intervenção.

“O envolvimento da família pode prever uma adesão bem-sucedida à dieta”, ressaltou a Dra. Amy Goss.

A pesquisadora e sua equipe encontraram resultados significativamente diferentes ao comparar as dietas com restrição de carboidratos versus restrição de gordura, relatando que os participantes do grupo com restrição de carboidratos perderam, em média, um terço da gordura do fígado em apenas oito semanas, além de uma significativa redução de peso, IMC, massa gorda total e gordura abdominal.

“Ficamos animados em ver uma mudança tão grande em tão pouco tempo. O que isso significa é que a ênfase na perda de peso pode não ser necessária, mas apenas melhorar a qualidade da dieta. Isso pode melhorar a saúde geral nessas faixas etárias”, concluiu a pesquisadora.

A Dra. Amy Goss disse que são necessários estudos mais abrangentes para testar com mais precisão o impacto das duas dietas sobre a DHGNA.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade do Alabama em Birmingham (em inglês).

Fonte: Adam Pope, Universidade do Alabama em Birmingham.  Imagem: Freepik.

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