Notícia

Publicação orienta produção de fruteiras na Amazônia

A publicação traz embasamento científico aos sistemas de produção de forma que produtores amazônicos podem gerar novas oportunidades de renda e contribuir para a conservação da biodiversidade amazônica

Vinícius Braga, Embrapa

Fonte

Embrapa | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Data

quarta-feira, 2 setembro 2020 14:40

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Ciências Agrárias

A Embrapa Amazônia Oriental (PA) oferece aos produtores amazônicos uma publicação que orienta, de maneira simples e com recursos visuais, o cultivo de 21 espécies frutíferas nativas, exóticas ou nacionais introduzidas, auxiliando assim o planejamento da produção comercial e o estímulo ao desenvolvimento local. Disponível no portal Embrapa para consultas e downloads, o Calendário de fruteiras na Amazônia: nativas e exóticas é uma síntese de mais de duas décadas de pesquisas com fruteiras na região, muitas com demandas nacional e internacional em franca expansão.

A obra, de autoria da pesquisadora Dra. Walnice Nascimento e da jornalista Kélem Cabral, ambas da Embrapa, traz embasamento científico aos sistemas de produção dessas espécies, de forma a gerar novas oportunidades de renda a produtores e contribuir para a conservação da biodiversidade amazônica.

Os pesquisadores envolvidos nesse estudo acompanharam nas últimas duas décadas a produção de frutos de espécies nativas e exóticas nas dependências do setor de fruticultura da Embrapa, em Belém (PA). Antes disso, o centro de pesquisa já atuava coletando sementes, cultivando, avaliando e selecionando os melhores exemplares a fim de propagá-los e oferecer opções novas e otimizadas para o cultivo de frutíferas.

As espécies do calendário dividem-se em cinco grupos: nativas amazônicas com uso consagrado (açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil, bacuri, taperebá e jenipapo); nativas amazônicas promissoras (araçá-boi, muruci, uxi, pequiá, abiu, bacupari, grumixama e camu-camu); nativa do Brasil, mais especificamente da Mata Atlântica (pitanga); exóticas de cultivo atávico, muitas vezes confundidas na região com espécies nativizadas (carambola, fruta-pão, abricó e sapotilha); e exóticas de cultivo recente (mangostão e rambutã).

“Ponderando-se as diferenças climáticas locais, os resultados podem ser considerados válidos e, se necessário, adaptados para toda a Amazônia, com possíveis variações de um a dois meses em cada fase”, explica a pesquisadora.

Propagação e planejamento

Os resultados científicos levaram ao conhecimento das épocas de ocorrência das fases de propagação, passo considerado fundamental para o estabelecimento de cultivos racionais dessas espécies, com a recomendação técnica de fazer a semeadura imediata após a separação dos frutos.

Ao todo, são nove fases ilustradas no calendário: preparo de mudas em viveiro, plantio de mudas em campo, crescimento vegetativo, troca de folhas, floração, pico de floração, frutificação (fruto verde), semeadura e colheita/coleta de frutos. Organizadas dessa forma, as informações tornam mais fácil o planejamento mês a mês das atividades de produtores e viveiristas, otimizando recursos e maximizando a produção.

Acesse a notícia completa na página da Embrapa.

Fonte: Kélem Cabral, Izabel Drulla Brandão – Embrapa Amazônia Oriental.  Imagem: Vinícius Braga, Embrapa.

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