Notícia

Projeto desenvolve biotecnologia que promoverá a tolerância ao estresse abiótico nas oliveiras

Projeto busca desenvolver a engenharia do microbioma com populações de bactérias promotoras de crescimento, contribuindo para melhorar a tolerância ao estresse abiótico e melhorar as defesas contra infecções

Pixabay

Fonte

Universidade de Aveiro

Data

sexta-feira, 13 maio 2022 15:00

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias. Sustentabilidade

O aumento da seca na bacia do Mediterrâneo afeta negativamente o crescimento, a produtividade e a condição fisiológica da produção de oliveiras. O projeto “HALIUS” visa desenvolver a engenharia do microbioma com populações de bactérias promotoras de crescimento, contribuindo para melhorar a tolerância ao estresse abiótico e melhorar as defesas contra infecções, e espera-se formular biofertilizantes, estimulantes e agentes de biocontrole de base microbiana aplicada à olivicultura.

O projeto HALIUS – Halotolerant Rhizobacteria para aumentar a tolerância de Olea europaea ao estresse salino e à infecção – teve início em março de 2021 e constitui a continuação de uma linha de pesquisa em microbiologia aplicada, focada em interações benéficas entre plantas e microrganismos, em diferentes contextos ambientais.

Comunidades microbianas associadas a plantas (fitomicrobiomas), e particularmente populações de bactérias promotoras de crescimento de plantas (PGPB), contribuem para a adaptação do hospedeiro a vários tipos de estresse. Em trabalho anterior, nomeadamente no âmbito do projeto RhizoMiS – Manipulação do microbioma da rizosfera Salicornia para exploração de bioprodutos e melhoria de bioprocessos (PTDC/BIA-MIC/29736/2017), o microbioma halófito foi estudado como modelo das interações planta-bactéria subjacentes à contribuição dos PGPBs para a tolerância à salinidade.

Os resultados apoiam a perspectiva de manipulação direcionada do fitomicrobioma (engenharia de microbioma) como uma ferramenta biotecnológica para promover a sustentabilidade agrícola diante das ameaças de seca, aridez e salinização do solo associadas às mudanças globais.

Problema e objetivos:

A plantação de olivais é antiga na bacia mediterrânica. O seu sucesso está relacionado com a resistência natural da oliveira (Olea europaea) à baixa pluviosidade característica do clima mediterrânico. No entanto, a produção intensiva em olivais de alta densidade requer irrigação artificial.

Como a precipitação escassa não garante a lixiviação adequada do excesso de íons dissolvidos da água de irrigação, muitas vezes há um aumento da salinidade do solo ao redor das raízes. O. europaea é relativamente tolerante à salinidade, mas altos níveis de estresse salino afetam negativamente seu crescimento, produtividade e condição fisiológica. É desse problema concreto que surge o objetivo do projeto Halius: demonstrar que a engenharia do microbioma Olea europaea com PGPBs halotolerantes pode contribuir efetivamente para melhorar a tolerância ao estresse abiótico e melhorar as defesas contra infecções emergentes.

Treinamento do aluno e transferência de conhecimento:

O projeto contribuirá para a formação de alunos com as competências necessárias para promover práticas agrícolas mais sustentáveis. Além da equipe de pesquisa, dois alunos de mestrado e dois alunos de graduação já contribuíram nas tarefas correspondentes ao primeiro ano de atividade. Novos temas para teses de mestrado serão propostos como parte das seguintes tarefas, bem como um plano de pesquisa para candidatura a uma bolsa de doutorado. Um curso avançado – Interações Planta-Micróbio sob Cenário de Mudanças Globais – está previsto para maio de 2022, com contribuições de membros da equipe do projeto.

A formulação de biofertilizantes de base microbiana, estimulantes e agentes de biocontrolo aplicáveis ​​à olivicultura, e a sua validação em escala piloto, em parceria com a empresa CARB, asseguram, numa primeira fase, a transferência de conhecimento para o setor produtivo.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Aveiro (em inglês).

Fonte: Dra. Ângela Cunha, Universidade de Aveiro. Imagem: Pixabay.

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