Notícia

Pesquisadores estudam o efeito do CO2 nas plantas do cerrado

Pesquisador identificou que plantas da vegetação do Cerrado, após crescer sob elevada concentração de CO2, apresentaram respostas semelhantes com os de plantas de outros ecossistemas: aumento da fotossíntese líquida

Wikimedia Commons

Fonte

FAPEMIG | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Data

sábado, 31 outubro 2020 10:50

Áreas

Agricultura. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias

Entender os fatores que afetam as plantas é fundamental, uma vez que existem várias condições que afetam a produtiva e o bem estar do meio ambiente. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Florestal, com o apoio da FAPEMIG, desenvolveram um estudo para entender o efeito do CO2 nas plantas do Cerrado de Minas Gerais.

Segundo o coordenador do estudo, Dr. João Paulo de Souza, a pesquisa “Respostas ecofisiológicas de plântulas de espécies lenhosas de cerrado com distintas fenologias foliares frente às mudanças climáticas globais: efeito do estresse hídrico e elevada concentração de CO2” identificou que plantas da vegetação do Cerrado, após crescer sob elevada concentração de CO2, apresentam respostas semelhantes com os de plantas de outros ecossistemas: aumento da fotossíntese líquida. “Assim como um crescimento acelerado, principalmente, após um ano de enriquecimento com CO2”, conta.

O Dr. João Souza informa que para chegar a esse resultado o grupo manteve plantas do Cerrado em câmaras que apresentam uma abertura no topo, onde eles injetaram CO2. Após um ano nessas condições, os pesquisadores perceberam que as espécies apresentaram crescimento da parte aérea muito mais rápido. “Em geral, plantas lenhosas do Cerrado apresentam alocação de biomassa para a parte aérea de forma lenta, principalmente nos estágios iniciais de crescimento (seis meses a dois anos)”, explica o pesquisador.

Porém, esse crescimento acelerado pode influenciar consideravelmente a dinâmica desse ambiente, uma vez que o Cerrado é uma região savânica, não de floresta. “Possivelmente esse aumento de altura das árvores irá resultar em maior sombreamento das espécies herbáceas e plantas lenhosas mais jovens, o que poderá alterar a dinâmica de estabelecimento dessas espécies”, conta o pesquisador.

Crescimento Acelerado

O CO2 é um dos gases associados ao fenômeno natural chamado efeito estufa. Segundo o Dr. João Souza, se considerarmos apenas a alta taxa de concentração de CO2 na atmosfera, pode-se dizer que as mudanças climática serão ótimas para as plantas. Uma vez que esse gás é o seu alimento. “A planta capta o CO2, pela sua folha, e o transforma em carboidrato, ou seja, ‘açúcar’”, conta o professor.

Com isso quanto mais CO2 as plantas “ingerirem”, mais irão crescer e produzir biomassa, aumentando a espessura e tamanho do seu caule. O que a beneficia, pois assim, consegue absorver mais luz e realizar mais fotossíntese.

No entanto, chegará um momento em que o contínuo aumento do CO2 não fará mais efeito. Segundo o Dr. João Souza, apesar da presença do gás continuar alta no ar, chega uma hora que a planta entende que já tem muito carboidrato e começa a não responder mais a esse estimulo, não crescendo mais.

A falta de água também pode fazer a planta parar de crescer. “O aumento do CO2 no ar torna o clima mais quente e pode diminuir a quantidade de chuvas. Dessa forma, se juntarmos todos os possíveis efeitos das mudanças climáticas, “as plantas param de responder de forma positiva”, esclarece o Dr. João Souza.

Acesse a notícia completa na página da Fapemig.

Fonte: Tuany Alves, Fapemig.   Imagem: Wikimedia Commons.

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