Notícia
Pesquisadora da UFPI desenvolve isotônico à base de cajuína
O desenvolvimento da nova bebida esportiva vem ao encontro do que buscam muitos consumidores e da própria tendência atual do mercado
Divulgação, UFPI
Fonte
UFPI | Universidade Federal do Piauí
Data
sexta-feira, 24 maio 2019 11:45
Áreas
Ciência e Tecnologia de Alimentos . Engenharia de Alimentos. Nutrição Coletividades. Nutrição Esportiva. Nutrição Funcional
Atletas e praticantes de atividade física de alta intensidade costumam consumir bebidas isotônicas para repor os sais minerais eliminados durante os exercícios por meio da transpiração excessiva, sendo a hidratação, durante e após o exercício, recomendada até mesmo para atletas amadores. No Brasil, o consumo de bebida isotônica é de 0,5 litro por ano por habitante, mas chega a 15 litros por habitante por ano nos EUA, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR).
Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação RENORBIO – Universidade Federal do Piauí (UFPI), pode fazer chegar às mãos do consumidor um produto ainda mais saudável, o isotônico à base de cajuína, valorizando a bebida tradicional no Nordeste, consumida especialmente nos estados do Piauí, Ceará e Maranhão. O desenvolvimento da nova bebida esportiva vem ao encontro do que buscam muitos consumidores e da própria tendência atual do mercado, de oferecer produtos com menos ingredientes artificiais. É o que explica a professora Dra. Luanne Morais Vieira Galvão, que defendeu sua tese de doutorado em abril de 2019 no RENORBIO-UFPI, sob a orientação do professor Dr. Lívio César Cunha Nunes.
“Diferente da maioria das bebidas esportivas no mercado, o isotônico à base de cajuína não tem corantes, saborizantes e nem aromatizantes artificiais. A cor, sabor e aroma da bebida são características fornecidas pela própria cajuína. Além disso, a correção nas quantidades de sais e carboidratos para valores determinados pela ANVISA é minima, tendo em vista que a própria cajuína já é fonte de uma quantidade significativa desses compostos”, detalha a pesquisadora, que é filha de produtor de cajuína, sendo também esse um dos motivos pela escolha da bebida como seu objeto de pesquisa. “Eu vejo meu pai preparar o bebida desde que eu era pequena. A ideia inicial era desenvolver uma pesquisa que auxiliasse pequenos produtores como ele a padronizar a produção, mas, no decorrer no doutorado, surgiu a ideia de desenvolver um produto inovador”, recorda.
Como foram os testes
Para chegar à versão final do isotônico, foram testadas 9 formulações, variando as concentrações dos constituintes, para chegar ao melhor sabor e que atendesse ao que a legislação estabelece para produção de bebidas eletrolíticas, quanto à quantidade de sódio, potássio, carboidrato, entre outros. Por fim, foi analisada a estabilidade da bebida, que não necessita de refrigeração durante o transporte ou armazenamento, e apresenta prazo de validade de 180 dias. A bebida é contraindicada para diabéticos pela quantidade considerável de carboidratos (açúcar), de 5,2 gramas por 100 ml de isotônico à base de cajuína.
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Fonte: UFPI. Imagem: Divulgação, UFPI.
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