Notícia

Pesquisador desenvolveu técnica simples e de fácil aplicação que dobrou o tempo de conservação em frutas

Pesquisador desenvolveu um filme biodegradável que forma uma película em torno da fruta, feito a partir da mistura de água, polvilho azedo, glicerina e canela

Pixabay

Fonte

UFG | Universidade Federal de Goiás

Data

terça-feira, 11 maio 2021 08:35

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Sustentabilidade

Um dos grandes desafios na produção de frutas é a deterioração rápida do produto entre a colheita e a chegada ao consumidor. Pensando nisso, o pesquisador Dr. Igor Vespucci do Programa de Pós-graduação em Agronegócio da Universidade Federal de Goiás (PPGAGRO) criou em sua tese de doutorado um revestimento biodegradável que é aplicado diretamente nas frutas, com resultados tão efetivos de conservação quanto o uso de sacos plásticos com vedação na conservação de alimentos.

A pesquisa criou um filme biodegradável que forma uma película em torno da fruta, feito a partir da mistura de água, polvilho azedo, glicerina e canela. A mistura simples, barata e com ingredientes de fácil acesso ao pequeno produtor pode fazer a diferença na conservação de frutas, chegando a dobrar o tempo de conservação do produto.

A pesquisa testou diversas composições chegando a essa com melhores resultados na conservação. Segundo o pesquisador, o produto em que foi aplicado o revestimento chegou a conservar a qualidade (de acordo com padrões de aceitação comercial) por 18 dias mantido em refrigeração, enquanto o produto sem o revestimento, mantido apenas em refrigeração, durou 9 dias.

Existem outros produtos no mercado já em utilização como a cera de carnaúba, bastante utilizada na produção de maçãs, por exemplo. Mas o Dr. Igor explica que a ideia era criar algo que além de biodegradável, utilizasse produtos simples e baratos e pudesse ser reproduzido em qualquer lugar, facilitando assim a adesão de pequenos produtores.

O estudo chegou a ser aplicado em uma comunidade de produtores da Vila Aparecida, Distrito de Jaraguá (GO), pertencente ao Movimento Camponês Popular (MCP), com aceitação de cerca de 10% dos produtores. “Segundo alguns pesquisadores consultados, esta é uma adesão significativa por parte dos pequenos produtores, apesar do número parecer modesto. Segundo outros estudos já realizados, existe uma grande dificuldade de aceitação de novas técnicas entre os pequenos produtores seja pela baixa capacitação, pela dificuldade de aceitar inovações dos métodos ou por haver problemas estruturantes”, explica o pesquisador que espera ainda poder aprimorar a técnica em pesquisas posteriores.

O Dr. Igor Vespucci testou o revestimento em diversas frutas como o caqui, laranja, uva, maçã, entre outros, mas para o estudo escolheu o maracujá silvestre ‘BRS Pérola do Cerrado’, por ser uma espécie que proporciona produção durante vários meses do ano, possibilidade de comercialização in natura ou processada agregando valor e viabilidade para produção em áreas pequenas, com boa produtividade e rentabilidade. Segundo o Dr. Igor, é uma espécie bastante utilizada no entorno do DF em Goiás e de boa adaptabilidade para o Cerrado.

Potencial da pesquisa – De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2019), o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com cerca de 44 milhões de toneladas no ano de 2017, das quais 97% são consumidas internamente e 3% são destinadas ao mercado externo. A área cultivada com plantas frutíferas no Brasil está distribuída em 960.123ha com frutas tropicais, 861.682ha com frutas subtropicais e 140.805ha com espécies de clima temperado. A fruticultura está presente em todos os estados brasileiros e, como atividade econômica, envolve mais de seis milhões de pessoas que trabalham de forma direta e indireta no setor, sendo que o estado de Goiás (2018) obtém uma área de aproximadamente 384 hectares de maracujá, com uma produção de aproximadamente 6.100 toneladas de frutos de maracujazeiro.

Acesse a notícia completa na página da UFG.

Fonte: Kharen Stecca, UFG. Imagem: Pixabay.

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