Notícia

Pesquisa sobre produção de vinho ganha prêmio de direitos humanos

Atento ao crescimento do mercado de produtos artesanais, estudo desenvolveu modelo para tornar processo mais sustentável e rentável com o objetivo de beneficiar o pequeno vinicultor

Pixabay

Fonte

Jornal da Unesp

Data

terça-feira, 21 junho 2022 12:35

Áreas

Agricultura. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Sustentabilidade

Uma pesquisa conduzida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Unesp foi a vencedora da segunda edição do Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos, conferido pela Universidade Estadual de Campinas e pelo Instituto Vladimir Herzog. Criado em 2020, o prêmio tem por objetivo reforçar o compromisso da universidade com a defesa dos direitos humanos no Brasil.

A pesquisa foi conduzida pela Dra. Tuany Yuri Kuboyama Nogueira como parte de seu doutorado, já completado. A tese premiada intitula-se “Vinhos de BRS Violeta (BRS Rúbea x IAC 1398-21): efeitos da adição de carvalhos e fermentação na composição fenólica e nos parâmetros de cor na produção sustentável”, e teve como orientadora a docente a Dra. Ellen Silva Lago Vanzela.

Previamente, em seu mestrado cursado no mesmo programa, a Dra. Nogueira já havia pesquisado o vinho feito a partir da cultivar de uva BRS Violeta, monitorando os efeitos de dois tipos de carvalho (a madeira utilizada no envelhecimento de vinhos), de origem francesa e americana, sobre o resultado final. A BRS Violeta é uma cultivar de uva brasileira, rica em compostos fenólicos, produzida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Para o doutorado, ela se colocou o desafio de produzir o próprio vinho nas instalações do Ibilce e testar suas fermentações (alcoólica e malolática), com e sem a adição do carvalho francês. Este carvalho foi mais promissor para maximizar a qualidade do vinho.

Cresce mercado para produtos artesanais

A escolha da uva foi baseada na ideia da valorização da uva brasileira e da cultura de consumo de vinhos de mesa no Brasil. Segundo a Dra. Vanzela, nos últimos anos houve um aumento no consumo de vinho finos e de mesa no Brasil. Especialmente os vinhos de mesa, devido ao seu valor mais acessível. A uva BRS Violeta (BRS Rúbea x IAC 1398-21), desenvolvida pela Embrapa, tem se destacado por sua elevada composição em compostos fenólicos (estruturas químicas responsáveis pela cor, aroma e estabilidade oxidativa). Dentre estes compostos destaca-se as antocianinas, que são responsáveis por conferir aquele colorido arroxeado ou avermelhado e são benéficas para a saúde. Esta uva apresenta potencial para a elaboração de suco de uva e vinhos.

A busca por produtos artesanais diferenciados de qualidade que proporcionem a criação de uma identidade regional própria tem sido uma importante estratégia para o mercado nacional de vinhos. Neste contexto, “o desenvolvimento de tecnologias sociais relacionadas ao processo de vinificação em pequena escala utilizando produtos enológicos adequados e de qualidade, somados a equipamentos simples e de baixo custo, é de extrema importância para alavancar a qualidade dos produtos artesanais”, disse a Dra. Ellen Vanzela.

Nova técnica de envelhecimento

A Dra. Nogueira foi a primeira aluna do Programa de pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos a desenvolver uma tecnologia social no Laboratório de Processamento de Frutas e Hortaliças. Com o apoio do Laboratório e com o auxílio de seu pai, ela desenvolveu uma plataforma de microvinificação de baixo custo para a elaboração de vinho tinto a partir de uva brasileira. Essa plataforma permitiu que o vinho fosse produzido integralmente de forma manual, o que possibilita sua reprodução pelos vitivinicultores, nome dado aos produtores que cultivam uvas tendo como objetivo final o vinho.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da Unesp.

Fonte: Jenyfer Molina, Jornal da Unesp. Imagem: Pixabay.

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