Notícia

Obesidade afeta frequência escolar

Aumento de uma unidade no IMC em crianças e adolescentes reduz a razão de chance de eles irem para a escola em 13,3%, já a relação à variável excesso de peso, esta razão de chance é ainda maior, aproximadamente 35%

Gerhard Waller, Esalq

Fonte

ESALQ - USP | Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Data

quarta-feira, 27 outubro 2021 06:00

Áreas

Alimentação Escolar. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

O aumento no Índice de Massa Corporal (IMC) pode afetar negativamente os índices de frequência escolar no Brasil.

Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) investigou o impacto do sobrepeso e da obesidade no desempenho e na frequência escolar de crianças e adolescentes no Brasil.

Os resultados mostram efeitos estatisticamente significativos e negativos para a variável Índice de Massa Corporal (IMC) e excesso de peso sobre a frequência à escola. Especificamente, um aumento de uma unidade no IMC em crianças e adolescentes reduz a razão de chance de eles irem para a escola em 13,3%. Com relação à variável excesso de peso, esta razão de chance é ainda maior, aproximadamente 35%.

“É um alerta principalmente para aquelas políticas públicas voltadas à saúde do indivíduo, que são de suma importância para que se possam reduzir o crescimento nos índices de excesso de peso e melhorar a saúde física e mental com ganhos na aprendizagem”, comenta a economista Dra. Ida Bojicic Ono, autora do doutorado que teve orientação da professora Ana Lucia Kassouf, do departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq.

Dados – A pesquisa utilizou informações de bases de dados das pesquisas do INEP e do IBGE abrangendo os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental (a nível nacional) e das crianças e adolescentes entre 6 e 19 anos de idade. Foram utilizadas três pesquisas distintas: Prova Brasil e PeNSE do INEP e Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. A construção da amostra foi feita para os anos de 2009 (Prova Brasil e PeNSE) e 2002/2003 e 2008/2009, para a POF.

Para aprimorar os resultados, a pesquisadora aponta a necessidade de explorar uma base de dados mais atual. “Dependemos da disponibilização destes dados em nível nacional principalmente aqueles que tratam das medidas antropométricas (peso e altura) das crianças e adolescentes no Brasil. O fato é que os resultados aqui apontados trazem não somente a informação da necessidade de uma alimentação saudável para as famílias, mas também dentro das escolas”, finaliza a Dra. Ida Bojicic.

Acesse a notícia completa na página da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

Fonte: Caio Albuquerque, Esalq. Imagem: Gerhard Waller, Esalq.

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