Notícia

O uso de plantas medicinais durante a pandemia e o cuidado com as fake news

É necessário ter cuidado com notícias que consideram plantas medicinais para cura ou prevenção da COVID-19

Freepik

Fonte

Uniara | Universidade de Araraquara

Data

quarta-feira, 26 agosto 2020 11:25

Áreas

Fitoterapia. Nutrição Funcional

Neste período em que vacinas estão sendo testadas, mas ainda sem conclusões quanto à eficácia contra a COVID-19, e “considerando que as medidas de contenção que estão sendo tomadas ainda não têm se mostrado suficientes, as pessoas começam a buscar alternativas, tanto para prevenção quanto para tratamento, estando, dentre elas, a utilização de plantas medicinais”, disse o  Dr. José Ricardo Soares de Oliveira, coordenador do curso de pós-graduação presencial em Fitoterapia e Prescrição de Fitoterápicos da Universidade de Araraquara (Uniara). O professor falou sobre o assunto e alertou sobre as fake news que envolvem plantas medicinais na cura da COVID-19.

“Planta medicinal é aquela usada para tratamento de doenças. Nela existem substâncias que têm atividade para tratar enfermidades dos mais variados tipos, e a fitoterapia é o tratamento que utiliza matéria ativa de origem vegetal, como as plantas medicinais, para a melhoria da saúde”, explicou o Dr. José de Oliveira.

“Para a manutenção do sistema imunológico [mas não especificamente para curar ou tratar a COVID-19], podem ser utilizadas plantas como a cúrcuma, a equinácea, as frutas cítricas, o alecrim e a unha de gato; para o combate ao estresse e o cansaço, podem ser utilizadas plantas como o chá-verde, a erva-mate, o guaraná e o ginseng; para tratar os sintomas de inflamações, pode ser utilizada a macela, a unha de gato, cúrcuma e a garra do diabo; para tratar ansiedade, insônia e nervosismo, camomila, capim cidreira, erva cidreira, maracujá, melissa, mulungu e valeriana, e no caso dos problemas do sistema respiratório, plantas podem ser utilizadas para aliviarem os sintomas da gripe e do resfriado. Podem ser úteis o alcaçuz, o alho, o eucalipto, o gengibre, o guaco, a hortelã, a malva, o poejo, a romã e a tanchagem”, citou como exemplos o Dr. José de Oliveira.

Entretanto, é preciso ter atenção, pois “são muitos os nomes populares de plantas medicinais, o que pode gerar certa confusão para as pessoas – algumas plantas podem ter o mesmo nome popular e serem de espécies diferentes. Deve-se sempre conferir se as partes da planta a serem utilizadas estão em bom estado, íntegras, novas, sem mofos e sem insetos; ter certeza de qual parte da planta deve ser utilizada como medicinal; adquirir as plantas medicinais em locais confiáveis, como Unidades Básicas de Saúde ou farmácias  – e é muito importante conhecer o modo certo de preparar o remédio com a planta medicinal; sendo assim, nesses locais existem profissionais para ensinarem corretamente sobre o uso. Não se deve colher plantas perto de esgotos, lagos e lagoas poluídas, para evitar contaminações”, disse o professor.

O alerta do Dr. José de Oliveira é que o número de casos de COVID-19 tem levado as pessoas a procurarem meios de se prevenirem contra essa pandemia. “Infelizmente, notícias falsas e promessas fraudulentas de ‘tratamento’ ou ‘prevenção’ podem denegrir os esforços alcançados, sendo necessário que sejam divulgadas ou compartilhadas apenas notícias de fontes oficiais e científicas. Muitas foram as plantas exploradas como promessas de cura da COVID-19, como exemplos o anis estrelado, o picão preto, boldo e artemísia, entre outras. Mas foram apenas fake news”, enfatizou o professor.

Acesse a notícia completa na página da Uniara.

Fonte: Uniara. Imagem: Freepik.

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