Notícia

O consumo cerebral de energia na infância e sua relação com o ganho de peso

Variação no consumo de energia cerebral durante a infância pode estar ligada ao risco de obesidade

Divulgação, Universidade Northwestern

Fonte

Universidade Northwestern 

Data

sexta-feira, 21 junho 2019 14:45

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades

Todos sabem que o ganho de peso ocorre quando a ingestão de energia de um indivíduo excede a energia consumida. O que não é bem compreendido é o fato de que, em média, quase metade da energia do corpo é usada pelo cérebro durante a primeira infância.

Em artigo publicado na revista científica Proceedings da Academia Nacional de Ciências (PNAS), “Uma hipótese ligando a demanda de energia do cérebro ao risco de obesidade”, os co-autores Dr. Christopher Kuzawa da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos e o Dr. Clancy Blair da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, propõem que a variação nas necessidades de energia durante o desenvolvimento do cérebro em crianças, em termos de tempo, intensidade e duração do uso de energia, poderia influenciar padrões de gasto de energia e ganho de peso.

“Sabemos que a quantidade de energia que nosso corpo consome é uma importante influência no ganho de peso”, disse o Dr. Kuzawa. “Quando as crianças têm cinco anos, seus cérebros consomem quase metade da energia consumida pelo corpo todo, no entanto, não temos ideia de quanto o gasto energético do cérebro varia entre as crianças. Este é uma questão importante  relacionada ao gasto de energia.” “O principal objetivo do nosso trabalho é chamar a atenção para essa lacuna na compreensão e encorajar os pesquisadores a medir o consumo de energia do cérebro em estudos futuros sobre o desenvolvimento infantil, especialmente aqueles voltados para a compreensão do ganho de peso e do risco de obesidade.”

“Acreditamos ser plausível que o aumento do consumo de energia pelo cérebro possa ser um benefício imprevisto para os programas de desenvolvimento da primeira infância, que, é claro, têm muitos outros benefícios demonstrados”, disse o Dr. Kuzawa. “Isso seria uma grande vitória”.

Essa nova hipótese foi inspirada no estudo do Dr. Kuzawa e seus colegas em 2014, mostrando que o cérebro consome um pico vitalício de dois terços do consumo energético em repouso do corpo e quase metade do consumo total quando as crianças têm cinco anos de idade. Este estudo também mostrou que as idades em que as necessidades energéticas do cérebro aumentam durante a primeira infância também são idades de declínio do ganho de peso. Como a energia necessária para o desenvolvimento do cérebro diminui em crianças mais velhas e adolescentes, a taxa de ganho de peso aumenta em paralelo.

“Essa descoberta ajudou a confirmar uma hipótese antiga na antropologia de que o ser humano desenvolveu uma taxa mais lenta de crescimento na infância em comparação com outros mamíferos e primatas, em parte porque seus cérebros precisavam de mais energia para se desenvolver”, disse o Dr. Kuzawa.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Northwestern (em inglês).

Fonte:  Hilary Hurd Anyaso, Universidade Northwestern.  Imagem: Divulgação, Universidade Northwestern.

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