Notícia

Mais carne suína no prato do brasileiro na pandemia

Consumo per capita de carne suína no Brasil foi de 16 kg em 2020, 4,5% superior em relação a 2019

Pixabay

Fonte

UFG | Universidade Federal de Goiás

Data

sexta-feira, 18 junho 2021 10:30

Áreas

Gastronomia. Nutrição Coletividades. Pecuária

A UFG publicou artigo que discorre sobre as mudanças nos hábitos alimentares do brasileiro. O artigo é de responsabilidade dos pesquisadores:

Com grande parte do país enfrentando diferentes níveis de restrições sociais, as quais foram impostas para conter a pandemia de COVID-19, a residência, antes vista como lugar de refúgio, passou a ser o local de moradia, trabalho e interação pessoal ou remota. Assim, a migração do consumo de alimentos fora de casa (bares e restaurantes) para a preparação das refeições no ambiente doméstico ganhou relevância, não somente pelo medo de contaminação, mas também pela redução da renda da população brasileira com o fim do auxílio emergencial e a alta do desemprego. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, cerca de 18 milhões de pessoas voltaram à pobreza. Portanto, a redução do poder aquisitivo reforça a necessidade de um comportamento mais comedido do consumidor brasileiro.

Não é impressão: comer em casa está mais caro no país, principalmente para aqueles que incluem carne diariamente no cardápio. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o valor das carnes aumentou quase 18% no último ano. No ranking de preferência do consumidor brasileiro, a carne suína ocupa o 3° lugar, atrás das carnes de frango e bovina. No entanto, o consumo per capita de carne suína no Brasil foi de 16 kg em 2020, 4,5% superior em relação a 2019, conforme o último relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Como se vê, o Brasil não é tradicionalmente um grande consumidor de carne suína, mas essa excelente fonte de proteína animal ganhou espaço na mesa do brasileiro em 2020.

Não sem razão. É inegável que a disparada no preço das carnes de frango, suína e bovina no mercado interno reflete as demandas de importação pela China e por outros países asiáticos, ocasionadas pelos surtos de Peste Suína Africana. Paralelamente, a escalada dos preços do milho e do farelo de soja no mercado internacional impactou diretamente os custos de produção com o encarecimento da alimentação dos animais. Elevações de mais de 100% no preço do milho e do farelo de soja foram registradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), ligado à Universidade de São Paulo (USP). E não vamos parar por aí. O cenário pandêmico gerou custos adicionais para as indústrias de proteína animal, uma vez que houve necessidade da adoção de protocolos e medidas de segurança para manter as plantas em funcionamento.

Nesse atoleiro, entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, a arroba bovina subiu mais de 50%, de acordo com o último Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura. Dos cortes bovinos analisados pelo IBGE, a parte traseira do boi – a mais nobre e que reúne a picanha, o contrafilé e a alcatra – ficou cerca de 12% mais cara no ano passado. A alta nos preços é explicada pela oferta reduzida de animais prontos para o abate devido ao atraso nas chuvas em 2020, bem como pelo aumento no consumo interno em alguns momentos da pandemia, além do crescimento das exportações e da elevação nos custos de produção. Com o preço da carne bovina pesando no bolso, o consumidor brasileiro recorreu a proteínas mais baratas como suíno, frango e até mesmo ovos, mesmo com o aumento no preço desses alimentos nas gôndolas dos supermercados.

Acesse a notícia completa na página da UFG.

Fonte: Secom-UFG.  Imagem: Pixabay.

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