Grão-de-bico: a grande nova aposta do agro brasileiro

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Grão-de-bico: a grande nova aposta do agro brasileiro

A leguminosa é a segunda mais consumido no mundo e promete negócios bilionários para o agronegócio brasileiro.

Pixabay

Fonte

Sociedade Nacional de Agricultura  

Data

sábado, 9 setembro 2017 09:00

Áreas

Agronegócio. Agricultura

Um dos mais importantes players globais na produção de soja, o Brasil prepara-se agora para assumir outro importante posto no suprimento de alimentos: fornecedor de grão-de-bico. Ainda não muito popular no País, mas fortemente presente nas culturas árabe e asiática, a leguminosa é a segunda mais consumido no mundo e promete negócios bilionários para o agronegócio brasileiro.

A empreitada teve início na década de 80, mas só ganhou força há cerca de sete anos, quando foram retomados os estudos, conta Dr. Warley Marcos Nascimento, chefe-geral da Embrapa Hortaliças. O resultado das pesquisas já pode ser visto na primeira grande safra nacional de grão-de-bico, que terá parte de sua produção embarcada nas próximas semanas para a Índia.

“O grão-de-bico só não é mais consumida que a soja no mundo, mas se levarmos em conta que uma boa parte da produção da soja vai para consumo animal e outros usos, podemos dizer que o grão-de-bico é a leguminosa de maior consumo humano no mundo”, destaca ele.

De acordo com o pesquisador, foram introduzidas espécies novas no País, que tiveram excelente resposta ao nosso clima, com produtividade, inclusive, muito acima da média internacional.

“Nossa produtividade média é de 2,5 toneladas por hectare, enquanto que a global é de apenas 900 quilos por hectare. Podemos chegar a 3 toneladas por hectare em pouco tempo”, compara o Dr. Nascimento.

Para atender à demanda de exportação, foi trabalhado o grão-de-bico tipo Desi, que domina 80% do mercado. No Brasil, o tipo mais consumido é o Kabuli.

“A adaptação foi ótima. Uma das grandes vantagens do grão-de-bico é que sua cultura é rústica, utilizando pouca água, e altamente mecanizada. Seu cultivo é mais simples, por exemplo, que o do feijão”, argumenta o pesquisador da Embrapa. Ele acrescenta que o preço da leguminosa se mantém praticamente estável há muitos anos, em torno de US$ 1,20 o quilo.

O grande desafio agora é fornecer sementes a todos os interessados e regulamentar defensivos agrícolas para a leguminosa. Por enquanto, são oito os locais de produção assistidos pela Embrapa e universidades públicas, distribuídos pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

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