Notícia

Estar na natureza: bom para a mente, corpo e nutrição

Os resultados da pesquisa mostraram que os participantes mais ligados à natureza relataram uma alimentação mais variada e consumiram mais frutas e verduras

Pixabay

Fonte

Universidade Drexel

Data

terça-feira, 26 abril 2022 11:50

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

No final de 2020, médicos canadenses fizeram manchetes por “prescrever a natureza”, ou tempo recomendado ao ar livre com base em pesquisas que sugerem que pessoas que passaram duas ou mais horas na natureza por semana melhoraram sua saúde e bem-estar. Sabendo disso, pesquisadores transdisciplinares da Universidade Drexel, nos Estados Unidos, investigaram como o relacionamento com a natureza – simplesmente sentir-se conectado com o mundo natural – beneficia a diversidade alimentar e a ingestão de frutas e vegetais, em um estudo publicado recentemente na revista cietífica American Journal of Health Promotion.

“O relacionamento com a natureza tem sido associado a uma melhor saúde cognitiva, psicológica e física e a maiores níveis de gestão ambiental. Nossas descobertas estendem essa lista de benefícios para incluir a ingestão alimentar. Descobrimos que pessoas com maior relação com a natureza eram mais propensas a relatar uma ingestão alimentar saudável, incluindo maior variedade alimentar e maior consumo de frutas e vegetais”, disse a Dra. Brandy-Joe Milliron, professora associada da Faculdade de Enfermagem e Profissões de Saúde de Drexel e principal autora da publicação.

A equipe pesquisou mais de 300 adultos na Filadélfia para medir sua conexão autorrelatada com a natureza, incluindo sua experiência e perspectiva da natureza, e os alimentos e bebidas que consumiram no dia anterior para avaliar sua diversidade alimentar e estimar o consumo diário de frutas e vegetais. Os participantes da pesquisa espelharam as características demográficas (sexo, renda, educação e raça) da Filadélfia, a partir do censo de 2010. Os dados foram coletados entre maio e agosto de 2017. Os resultados da pesquisa mostraram que os participantes mais ligados à natureza relataram uma alimentação mais variada e consumiram mais frutas e verduras.

“Esse trabalho pode impactar as práticas de promoção da saúde de duas maneiras. Primeiro, as intervenções de promoção da saúde baseadas na natureza podem aumentar o relacionamento com a natureza ao longo da vida e potencialmente melhorar a ingestão alimentar. E segundo, aumentar as intervenções dietéticas com atividades baseadas na natureza pode levar a maiores melhorias na qualidade da dieta”, disse a Dra. Milliron.

A equipe de pesquisa acrescentou que essas descobertas destacam o potencial de alavancar experiências ou intervenções baseadas na natureza, como incorporar espaços verdes ou arborização urbana no planejamento da cidade, integrar programas de prescrição natural e de parques nas práticas de saúde (semelhante ao modelo canadense) e promover experiências baseadas na natureza em ambientes de sala de aula, entre muitos outros.

Mas, observaram os pesquisadores, embora melhorar a ingestão alimentar por meio de intervenções baseadas na natureza possa ser valioso, também é complexo.

“Pesquisas futuras devem explorar as maneiras pelas quais diferentes comunidades vivenciam e valorizam a natureza”, disse o Dr. Dane Ward, professor assistente na Faculdade de Artes e Ciências e coautor do estudo. “Ele precisa incluir como as interseções de meio ambiente, cultura, raça, história (incluindo conexão com a terra), coesão social e outros fatores sociais e econômicos influenciam a identidade da comunidade em relação à natureza e ingestão alimentar.”

Dahlia Stott, estudante de pós-graduação da Faculdade de Enfermagem e Profissões da Saúde; Dr. Franco Montalto e a Dra. Eugenia Ellis, ambos na Faculdade de Engenharia; Claire Chenault, Janeway Granche e a Dra. Janell Mensinger, contribuíram para esta pesquisa.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia compelta na página da Universidade Drexel (em inglês).

Fonte: Universidade Drexel.   Imagem: Pixabay.

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