Notícia

Dia Mundial do Diabetes alerta sobre os desafios para combater a doença

No Brasil, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como diabetes, são responsáveis por mais de setenta por cento das mortes, sendo que o excesso de peso é o maior fator de risco para o aumento da doença

Pixabay

Fonte

Ministério da Saúde

Data

quinta-feira, 14 novembro 2019 09:45

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

Cerca de 250 milhões de pessoas no mundo têm diabetes. Os números assustam e ajudam a avaliar o tamanho do desafio para combater essa doença. E para reforçar a conscientização a respeito desse mal, principalmente em relação a sua prevenção e as dificuldades enfrentadas pelos pacientes, foi instituída pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), no Brasil existem, atualmente, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes e esse número tende a aumentar. No Brasil, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como diabetes, são responsáveis por mais de setenta por cento das mortes, sendo que o excesso de peso é o maior fator de risco para o aumento da doença. “No Brasil, em 2008, 70,6% dos casos de diabetes em mulheres e 60,3% dos casos de diabetes em homens são atribuídos ao excesso de peso”, destacou a Coordenação Geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde.

Mas você sabe o que diabetes?

É uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.

Mas o que é insulina?

É um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia. Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto – a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

A nutricionista Sabrina Scotton tem diabetes tipo 2 desde os 11 anos, ela conta que sua profissão ajudou a entender sobre o assunto e isso a ajudou com as medidas de prevenção, mas alertou que é preciso entender sobre a doença para conviver bem com ela. “A minha alimentação é regrada e conhecer meu corpo foi fundamental para conviver com a doença”, relatou.

O acompanhamento e a orientação especializada são essenciais para que o paciente se sinta seguro e para o tratamento desse tipo de doença crônica, principalmente para se sentir apoiado e acolhido para lidar com as diferenças do diabetes.

Principais tipos de diabetes

Diabetes tipo 1 – onde o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células que produzem insulina

Diabetes tipo 2 – em que o corpo não produz insulina suficiente ou as células do corpo não reagem à insulina

O diabetes tipo 2 é muito mais comum que o tipo 1.

Diabetes Gestacional

Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro.

“As minhas doses de insulina aumentaram durante a gestação, mas somente na gravidez. Já no período da amamentação voltou à dosagem normal. Mas eu sabia que isso não seria um problema durante o aleitamento, que não passaria para minha filha”, contou a nutricionista.

Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.

Pré-diabetes

Pessoas que tem níveis de açúcar no sangue acima da faixa normal, mas não alto o suficiente para ser diagnosticado como tendo diabetes. É conhecido como pré-diabetes. Se o seu nível de açúcar no sangue estiver acima da faixa normal, o risco de desenvolver diabetes completo é maior. É muito importante que o diabetes seja diagnosticado o mais cedo possível, porque ele ficará pior se não for tratado.

Alimentação

Conforme o Guia Alimentar para a população brasileira, a alimentação de toda a população, com ou sem diabetes, deve ser baseada em alimentos in natura (frutas, verduras, legumes e carnes) e produtos minimamente processados (arroz, feijão), limitando o consumo de alimentos processados (geleia, atum enlatado, queijo) e evitando alimentos ultraprocessados (sorvetes, barra de cereal, macarrão instantâneo).

Todas as pessoas, inclusive aquelas com diabetes, devem procurar fazer suas refeições em horários semelhantes todos os dias. Recomenda-se realizar 5 a 6 refeições diárias, evitando “beliscar” alimentos entre as refeições e permanecer longos períodos sem se alimentar. Além disso, orienta-se comer devagar e sempre que possível, em companhia, com familiares, amigos ou colegas de trabalho ou escola.

A pessoa com diabetes deve consumir diariamente verduras (alface, almeirão, couve etc.), legumes (cenoura, pepino, tomate, abobrinha etc.) e frutas, preferencialmente crus, por possuírem maiores quantidades de fibras. As frutas devem ser consumidas em quantidades adequadas e distribuídas corretamente ao longo do dia. Nenhuma fruta é proibida para quem tem diabetes.

Acesse a notícia completa na página do Blog do Ministério da Saúde.

Fonte: Luíza Tiné, para Blog da Saúde. Imagem: Pixabay.

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