Notícia

Comer com os pais faz bem, demonstram pesquisadores da UFU e da USP

Pesquisa busca estimular o hábito de um ambiente alimentar saudável e prevenir obesidade em crianças e adolescentes

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Fonte

UFU | Universidade Federal de Uberlândia

Data

sexta-feira, 27 setembro 2019 15:10

Áreas

Educação Nutricional. Nutrição Coletividades

O cuidado com a saúde, a alimentação e a prevenção à obesidade sempre foram temas de preocupação entre médicos e nutricionistas. A obesidade é um problema de saúde pública e atinge crianças e adolescentes em todo o mundo. No país, segundo dados da pesquisa “Prevalência de Obesidade em Crianças e Adolescente no Brasil”, de 2015, a prevalência de obesidade nessa faixa etária é de 14%. Um outro estudo, feito em 2014, pela Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em parceria com o IBGE, mostrou que um em cada quatro adolescentes estava com sobrepeso e 8,4% já apresentavam obesidade.

Mas o que essas informações teriam a ver com a prática, por parte de crianças e adolescentes, de realizar refeições com as figuras paternas e/ou maternas? Bom, segundo a pesquisa “Fazer refeições com os pais está associado à maior qualidade da alimentação de adolescentes brasileiros”, tem tudo a ver. Publicado neste ano na revista Cadernos de Saúde Pública e desenvolvida pela professora Dra. Catarina Machado Azeredo, da Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em parceria com pesquisadoras das Faculdades de Saúde Pública (FSP-USP) e de Medicina (FMUSP) da Universidade de São Paulo (USP), o estudo concluiu que o hábito de realizar refeições com os pais é frequente entre adolescentes brasileiros e está associado à melhor qualidade da alimentação.

A pesquisa, que inclui os números sobre obesidade citados anteriormente, mostrou que entre os principais fatores de risco para obesidade está uma alimentação não saudável. “Sabemos que durante a infância e adolescência os hábitos dos pais são importantes determinantes para os hábitos dos filhos. Fazer as refeições com a família pode ser um fator de proteção para a saúde de crianças e adolescentes, de acordo com estudos realizados em outros países”, explica a professora.

Segundo a Dra. Azeredo, o estudo teve como objetivo avaliar se adolescentes brasileiros que faziam as principais refeições (almoço e jantar) junto com os pais regularmente (5 vezes ou mais na semana) tinham melhor consumo alimentar comparados aos adolescentes que faziam as refeições junto com os pais menos frequentemente (menos de 5 vezes na semana).

Foram analisados os dados de 102.072 adolescentes matriculados no 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do Brasil que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015. As informações foram coletadas a partir do uso de smartphones emprestados pela equipe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os Ministérios da Saúde e da Educação também colaboraram com a pesquisa.

A verificação indicou que os adolescentes que responderam afirmativamente sobre fazer refeições com os pais com maior frequência também relataram maior consumo de alimentos saudáveis, como feijão, frutas e hortaliças e menor consumo de guloseimas, salgados fritos e alimentos ultraprocessados, como: hambúrguer, presunto, mortadela, salame, linguiça, salsicha, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e biscoitos salgados. O período em que essas informações foram coletadas foi de abril a setembro de 2015.

Acesse a notícia completa na página da UFU.

Fonte: João Pedro Rabelo e Diélen Borges, Comunica-UFU.  Imagem: Freepik

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