Notícia

Bebida de chocolate com altos níveis de flavonoides pode proteger o coração do estresse

Aumento do consumo de flavonoides – um grupo de moléculas que ocorrem naturalmente em frutas e vegetais – pode proteger as pessoas de eventos cardiovasculares induzidos pelo estresse mental, como derrame, doenças cardíacas e trombose

Pixabay

Fonte

Universidade de Birmingham

Data

quarta-feira, 31 março 2021 17:30

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional. Saúde Pública

Pesquisadores descobriram que os vasos sanguíneos funcionam melhor durante o estresse mental quando as pessoas recebem uma bebida de chocolate contendo altos níveis de flavonoides do que quando bebiam uma bebida não enriquecida com os flavonoides.

Uma fina membrana de células que reveste o coração e os vasos sanguíneos, quando funciona de forma eficiente, o endotélio ajuda a reduzir o risco de doença vascular periférica, acidente vascular cerebral, doença cardíaca, diabetes, insuficiência renal, crescimento de tumor, trombose e doenças infecciosas virais graves. Sabemos que o estresse mental pode ter um efeito negativo na função dos vasos sanguíneos.

Uma equipe de pesquisa da Universidade de Birmingham, no Reino Unido,  examinou os efeitos dos flavonoides do cacau nas alterações induzidas pelo estresse na função vascular – publicando suas descobertas na revista científica Nutrients.

A autora principal, Dra. Catarina Rendeiro, da Universidade de Birmingham, explica: “Descobrimos que beber chocolate rico em flavonoides pode ser uma estratégia alimentar eficaz para reduzir deficiências temporárias na função endotelial após estresse mental e também melhora o fluxo sanguíneo durante episódios estressantes ”.

“Flavonoides são extremamente comuns em uma ampla variedade de frutas e vegetais. Ao utilizar os benefícios cardiovasculares conhecidos desses compostos durante os períodos de vulnerabilidade vascular aguda (como o estresse), podemos oferecer orientação aprimorada às pessoas sobre como aproveitar ao máximo suas escolhas alimentares durante períodos estressantes ”, reforçou a pesquisadora.

Em um estudo randomizado, conduzido pela estudante de pós-graduação Rosalind Baynham, um grupo de homens saudáveis ​​bebeu uma bebida de chocolate rica em flavonoides 90 minutos antes de completar uma tarefa de estresse mental de oito minutos.

Os pesquisadores mediram o fluxo sanguíneo do antebraço e a atividade cardiovascular em repouso e durante o estresse e avaliaram o funcionamento dos vasos sanguíneos até 90 minutos após o estresse – descobrindo que a função dos vasos sanguíneos era menos prejudicada quando os participantes bebiam chocolate com alto teor de flavonoides. Os pesquisadores também descobriram que os flavonoides melhoram o fluxo sanguíneo durante o estresse.

O estresse é altamente prevalente na sociedade de hoje e tem sido associado à saúde psicológica e física. O estresse mental induz aumentos imediatos na frequência cardíaca e na pressão arterial (PA) em adultos saudáveis ​​e também resulta em deficiências temporárias na função das artérias, mesmo após o episódio de estresse ter cessado.

Demonstrou-se que episódios únicos de estresse aumentam o risco de eventos cardiovasculares agudos e sugeriu-se que o impacto do estresse nos vasos sanguíneos contribui para esses eventos cardiovasculares induzidos pelo estresse. Na verdade, uma pesquisa anterior do Dra. Jet Veldhuijzen van Zanten, co-investigador deste estudo, mostrou que as pessoas em risco de doença cardiovascular apresentam respostas vasculares mais fracas ao estresse agudo.

“Nossas descobertas são significativas para a dieta diária, visto que a dosagem diária administrada pode ser alcançada consumindo uma variedade de alimentos ricos em flavonoides – particularmente maçãs, uvas pretas, amoras, cerejas, framboesas, peras, leguminosas, chá verde e cacau não processado. Isso tem implicações importantes nas medidas de proteção dos vasos sanguíneos dos indivíduos mais vulneráveis ​​aos efeitos do estresse mental ”, comentou o Dra. Rendeiro.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Birmingham (em inglês).

Fonte: Universidade de Birmingham. Imagem: Pixabay.

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