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Alimentação e emoções: como os sentimentos e os ritmos orgânicos podem influenciar o consumo alimentar

Nutrição adequada vem de princípios como diversidade, equilíbrio e moderação

 

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Fonte

Epagri | Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

Data

quinta-feira, 13 agosto 2020 11:25

Áreas

Nutrição Coletividades

A macarronada de domingo na casa da mãe, a bolacha pintada que a vovó fazia para o Natal, a goiaba colhida no pé do quintal onde você brincava na infância. Memórias afetivas como essas influenciam nossa relação com os alimentos e contribuem para a formação de nossos hábitos alimentares, que são desenvolvidos já na primeira infância quando inicialmente imitamos nossos familiares e amigos.

A afirmação acima é da nutricionista Aline Ulir Calliari,  da Epagri de Fraiburgo, que encontra respaldo no Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento promove a alimentação saudável levando em conta não apenas a ingestão de nutrientes, mas também aspectos culturais, sociais, econômicos, de produção, distribuição, sustentabilidade e a relação de cada um desses aspectos com os alimentos.

É também baseada nos princípios da nutrição Antroposófica que a nutricionista Aline afirma que o ser humano não se alimenta apenas de comida, mas também de percepções sensoriais, ideias, sentimentos e beleza. Para ela, o autoconhecimento é fundamental para entender quais são nossas necessidades atuais. “Precisamos reconhecer nossos sentimentos para que nossa alimentação seja consciente e adequada”, destaca a nutricionista.

“Gatilhos emocionais negativos podem nos levar a uma alimentação inadequada. A pergunta que podemos fazer é: o que estamos tentando alimentar? Muitas vezes estamos buscando alimentos para nossa alma”, disse Aline. Como exemplo a nutricionista cita o fim dos relacionamentos afetivos na adolescência, em que muitos jovens buscam alívio momentâneo da dor devorando uma caixa inteira de chocolates. “O doce normalmente traz lembranças da infância, de um período de muito amor, atenção, cuidado, acolhimento ou até mesmo recompensa”, .Se identificarmos isso, podemos buscar alternativas”.

Aline explica que o chocolate em si não é o problema, mas o hábito de buscar conforto nesse tipo de alimento em todos os momentos de tristeza e comê-lo em excesso pode virar um comportamento repetitivo e se tornar um transtorno alimentar. “Aí sim se torna problemático”, afirma Aline. A profissional relata que atividades ligadas à artes têm um poder incrível de auxiliar nesses momentos, como a dança, euritmia, trabalhos manuais, aquarelas, música, massagens corporais ritmadas, aromaterapia, etc. “São excelentes alternativas para suprir esse tipo de fome e acalmar os sentimentos. Estamos constantemente comendo e alimentando nossos sentimentos. Não existe uma fórmula para as pessoas, pois cada uma responde e precisa de algo diferente. O importante é o autoconhecimento para entender como o nosso corpo funciona e saber fazer as escolhas”.

Outro elemento que Aline recomenda para conquistar uma nutrição adequada é o respeito aos ritmos. “Temos ritmos orgânicos, como o do sono, da respiração, dos batimentos cardíacos e do fígado. Respeitar estes ritmos tranquiliza e acalma. Se estamos fora de ritmo, estamos desequilibrados”. E como isso interfere na alimentação ou pode ser influenciado por ela? O principal exemplo que ela dá é o ritmo do fígado, importante órgão nas funções metabólicas do organismo.

“Muitas pessoas já passaram pela experiência de comer tarde da noite e em grandes quantidades alimentos de difícil digestão e não conseguir dormir direito. Alguns até relatam ter pesadelos e acordar no outro dia com uma sensação ruim, amarga na boca. Isso porque o final da noite e a madrugada são o momento ideal para a realização dos processos de depuração que o fígado realiza. Então, esse seria o melhor horário para o órgão eliminar substâncias tóxicas e não para trabalhar nos processos digestivos com tanta intensidade. Esse tipo de ação, com certeza vai refletir no ritmo do sono e vai acabar desequilibrando também os demais ritmos do corpo”, explica a nutricionista.

Acesse a notícia completa na página da Epagri.

Fonte: Gisele Dias, Epagri. Imagem: Freepik.

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