Notícia
Adubo natural com esterco de coelhos é a nova aposta para a agricultura familiar
O projeto poderá trazer generosos benefícios econômicos, socioambientais e sustentáveis para o pequeno produtor, principalmente em países de baixa renda
Pixabay
Fonte
UFLA | Universidade Federal de Lavras
Data
domingo, 15 setembro 2019 10:10
Áreas
Agricultura. Agronomia. Ciências Agrárias
A busca por processos naturais de adubação, sem fertilizantes químicos e agrotóxicos, tem sido constante nas ciências agrárias. É com esse objetivo que um projeto piloto de extensão universitária inovadora poderá trazer generosos benefícios econômicos, socioambientais e sustentáveis para o pequeno produtor, principalmente em países de baixa renda. O foco é cultivar hortaliças com um adubo natural de esterco de coelhos.
O projeto conta com a integração do trabalho dos seguintes núcleos extensionistas de estudos da Universidade Federal de Lavras (UFLA): Núcleo de Estudos em Manejo e Nutrição de Coelhos (Nemenc), Núcleo de Estudos em Agroecologia, Permacultura e Extensão Universitária Inovadora (Neape), Núcleo de Estudos em Olericultura (NEO) e apoio da ONG Engenheiros Sem Fronteiras (ESF).
O professor Dr. Gilmar Tavares do Departamento de Engenharia (DEG), coordenador do projeto, explica que a “compostagem é um processo biológico de transformação para valorização da matéria orgânica. Trata-se de um processo natural em que os microrganismos residentes, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica, transformando-a em humus, que é um material extremamente fértil por ser muito rico em nutrientes”. Nesse projeto, as fezes dos coelhos são misturadas com restos vegetais descartados, em proporções adequadas ao processamento. O composto é umedecido e revirado periodicamente, até a transformação total em compostagem, que ocorre em aproximadamente dois meses.
Sabe-se que a compostagem é rica principalmente em nitrogênio e carbono, importantes para desencadear outros processos microbiológicos no solo, dando-lhe vida e vigor às plantas. “É por isso que a compostagem é viável em qualquer tipo de solo, mesmo para os solos desérticos, pois consegue desenvolver e desencadear processos regenerativos pelo seu alto teor de nitrogênio e de outros elementos químicos, como o fósforo e potássio, que são fundamentais para o desenvolvimento das plantas”, ressalta o professor.
A primeira horta doméstica com o esterno de coelhos, do projeto, já está implementada em Lavras, no bairro Nova Lavras. O objetivo será trocar gratuitamente as hortaliças agroecológicas cultivadas ou o próprio adubo natural por garrafas pets e material plástico descartável.
A ação de troca inicia ainda neste ano, com data a confirmar, em praças públicas, com o intuito de conscientizar a população sobre os problemas ambientais, mostrando como pequenas atitudes podem contribuir para a preservação sustentável do meio ambiente, de maneira econômica, ecológica, e com comprovação científica.
Acesse a notícia completa na página da UFLA.
Fonte: Greicielle Santos, UFLA. Imagem: Pixabay.
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