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UFPR: produto redutor de defensivos agrícolas em superfícies de frutas recebe carta-patente
Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Jandaia do Sul conquistaram um marco importante na área alimentícia. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) expediu a primeira carta-patente para um produto desenvolvido no campus, que visa reduzir a quantidade de defensivos agrícolas presentes na superfície de frutas. Essa conquista é resultado da colaboração entre o Laboratório LABFenn da UFPR Jandaia e a empresa LABPRO Análises e Produtos Químicos.
Os titulares da patente são: Dra. Angélica Priscila Parussolo Tonin; Camila Burihan Poliseli, orientanda de mestrado; Dr.Eduardo César Meurer, docente; Nathália Maioli Crema, orientanda de Iniciação Científica e a Dra.Valquíria de Moraes Silva Ribeiro, docente.
O Problema dos Agrotóxicos
A exposição aos defensivos agrícolas é uma preocupação crescente para a saúde pública. Atualmente, os alimentos que chegam à mesa dos consumidores, frequentemente, contêm resíduos dessas substâncias, que podem causar doenças agudas e crônicas.
Dependendo do tipo de produto, tempo de exposição e quantidade absorvida pelo organismo, os defensivos agrícolas podem causar sérios riscos à saúde e a lavagem convencional, com água e sabão, hipoclorito de sódio ou ácido acético nem sempre é prática para todos.
Do produto desenvolvido
O produto patenteado pela UFPR Campus Jandaia é aplicado por aspersão (borrifado) sobre as frutas e emprega compostos químicos ecologicamente conscientes, que têm uma eficácia superior à água na remoção de pesticidas das superfícies dos alimentos. Além disso, não deixa resíduos e dispensa enxágue. Sua utilização requer apenas quantidades mínimas do produto e não depende da presença de uma pia.
Algumas vantagens na utilização do produto incluem sua facilidade de uso; já que a aplicação por aspersão é prática, mesmo para quem não tem acesso imediato a uma pia; eficiência; o produto utiliza compostos químicos próprios para a remoção de defensivos agrícolas (pesticidas), sem deixar resíduo e sem necessitar de enxágue, pois são necessários volumes muito pequenos de produto; praticidade da embalagem; o produto pode ser envasado em embalagens pequenas do tipo spray, facilitando o uso e podendo ser carregado em bolsas e pochetes.
Cientistas responsáveis pela inovação conduziram uma série de testes com o mais recente redutor de defensivos agrícolas, inicialmente em tomates e, posteriormente, em cachos de uvas. Os resultados obtidos em ambas as frutas foram notavelmente promissores. Essa inovação representa um marco importante para o Campus, pois é o primeiro registro de patente concedido. Os desenvolvedores agora detêm os direitos de propriedade intelectual sobre o produto válido por 20 anos.
Acesse a notícia completa na página da UFPR.
Fonte: Juliana Pinheiro, UFPR.
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