Destaque

Pesquisa investiga como SUS combate a obesidade no Amazonas

Fonte

Ufam | Universidade Federal do Amazonas

Data

sábado, 8 maio 2021 09:35

A obesidade tem crescido de maneira alarmante em todo o mundo nos últimos anos. No Brasil, a situação é preocupante. Responsável por uma gama de doenças relacionadas, o ganho de peso em excesso é muito mais que uma questão de estética, mas um grave problema de saúde pública. No Amazonas, em 2019, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde, 6,1% das crianças menores de 5 anos estão obesas, e entre os adolescentes essa prevalência era de 6,4%. Manaus tem 23,4% da população adulta bem acima do peso, segundo pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), sendo a capital com maior porcentagem no Brasil. De 2006 a 2019 houve um incremento de 4,5% ao ano.

Intitulada “Enfrentamento e controle da obesidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas”, a pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e parceiros busca identificar e analisar as ações de manejo da obesidade nas Redes de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios do Estado do Amazonas. Estão sendo coletadas informações sobre a estrutura dos serviços de saúde e do processo de trabalho das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB), e o resultado dos indicadores de vigilância alimentar e nutricional. O estudo será realizado em nove polos de saúde: Manaus, Parintins, Tabatinga, Itacoatiara, Manacapuru, Tefé, Humaitá, Lábrea e Carauari.

“A obesidade é considerada uma síndrome com múltiplos fatores etiológicos: genético, endócrino, psicológico, nutricional, neuroquímico, imunológico, cultural e social. A prevalência de obesidade tem aumentado cada vez mais a cada ano não só no Estado do Amazonas, mas no Brasil e no mundo, tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento, nas diversas faixas etárias”, informa o coordenador da pesquisa, professor Dr. Bruno Mendes Tavares. “Os questionários serão respondidos por profissionais da saúde e gestores da saúde da Atenção Básica do SUS. Para além das respostas repassadas pelos profissionais, também serão coletados dados de bases públicas (Ministério da Saúde, IBGE, IPEA), tais como: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), Taxa de Analfabetismo, Cobertura da Atenção Básica, Coeficiente de Gini, Estado Nutricional (Sisvan) – fases da vida, sexo, escolaridade e raça/cor, entre outros”, detalha.

De acordo com o pesquisador, o excesso de peso pode causar: desordens ortopédicas, distúrbios respiratórios, diabetes, dislipidemias, pressão arterial elevada, distúrbios psicossociais, entre outros; isto a curto prazo. Se prolongada, ele pode levar à mortalidade aumentada por diversas doenças cardiovasculares e cânceres. Por tudo isso, a obesidade impacta fortemente o sistema de saúde brasileiro. Dados apresentados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel – 2018), do Ministério da Saúde, apontam um aumento de 67,8% de obesidade no Brasil nos últimos anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018, com mais da metade da população (55,7%) apresentando excesso de peso.

“Sabe-se que o Estado tem o poder-dever de abarcar os sujeitos portadores da obesidade na promoção de uma sociedade inclusiva, porém atualmente essa inclusão permanece apenas no âmbito da saúde (clínico, nutrição, cirurgia, etc.), demandando boa parte da preocupação e do orçamento público do SUS, com gastos cada vez maiores devido ao crescimento desenfreado da população obesa. Esses gastos servem para manter um sistema integrado de ações multidisciplinares: tratamento clínico, psicológico, nutricional, atividade física, fisioterapia e assistência social”, revela o professor. “Se as políticas e ações de prevenção e enfrentamento da obesidade forem bem efetivas, este dinheiro poderá ser bem economizado e utilizado para outros fins, e não em tratamentos e cirurgias relacionados à obesidade e morbidades associadas”, declara o pesquisador.

Acesse a notícia completa na página da Ufam.

Fonte: Sandra Siqueira – Equipe Ascom Ufam.

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