Destaque
Pesquisa da UFFS busca ajudar produtores de leite no controle da mastite
Um dos grandes desafios para os produtores de leite do país é o enfrentamento à mastite bovina. A doença é caracterizada pelo processo inflamatório e infeccioso da glândula mamária do animal, e isso pode trazer prejuízos consideráveis à qualidade do leite e ainda provocar uma redução significativa na capacidade de produção do rebanho leiteiro. Preocupada com esta situação e buscando atuar na prevenção da enfermidade, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza inicia uma série de estudos para desenvolver um produto que auxilie produtores.
À frente da pesquisa está a professora Dra. Dalila Moter Benvegnu, que nos últimos anos, tem se dedicado a encontrar soluções possíveis e viáveis para o controle da mastite. Medidas simples, como a higienização dos equipamentos e dos tetos no momento da ordenha, podem ajudar muito na prevenção da doença. “A taxa de bovinos acometidos por mastite pode alcançar porcentagens superiores a 28% do rebanho leiteiro no Brasil. Uma das principais formas de controlar a contaminação é através da limpeza e antissepsia dos tetos”, destacou a pesquisadora.
Para além dos cuidados com a higiene pessoal do ordenhador, o preparo do local, a desinfecção de equipamentos, o armazenamento correto do leite, a pesquisadora considera importante a prática do pré-dipping e o pós-dipping. Ambos consistem na realização de procedimentos de desinfecção dos tetos antes e após a ordenha. “Esta é uma das práticas mais importantes e indispensáveis para redução da mastite contagiosa e podem reduzir a mastite subclínica em 50 % a 90%. O produto que estamos desenvolvendo é um tipo de agente sanitizante, que auxiliará na higienização do úbere e poderá ajudar a evitar o ressecamento da pele do animal”, explicou a Dra. Dalila.
A pesquisa da professora Dalila foi uma das contempladas com a bolsa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora – DT, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que busca valorizar pesquisadores que possuam clara participação em atividades de desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora. O estudo será realizado nos próximos três anos e conta com a parceria da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) – Campus Guarapuava e uma empresa que fornecerá a matéria-prima para a criação do agente sanitizante.
Segundo a Dra. Dalila, os desinfetantes mais comuns utilizados no pré-dipping são o iodo, cloro, clorexidine, peróxido de hidrogênio, amônia quaternária e ácido lático. “Essas preparações sanitizantes têm efeito antibacteriano, mas frequentemente não influenciam positivamente a pele do úbere. Além disso, podem ressecar a pele do úbere e, como consequência, causar problemas secundários. Nossa pesquisa será desenvolvida durante os próximos três anos e busca criar um agente sanitizante fitoterápico, uma alternativa viável e promissora”, enfatizou a pesquisadora.
Acesse a notícia completa na página da UFFS.
Fonte: UFFS.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Canal Nutrição e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Nutrição, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Por favor, faça Login para comentar