Destaque
CRN-2: Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol Elevado
Nutricionista Dra. Sandra Mari Barbiero Conselheira secretária do CRN-2 sobre o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol Elevado:
“Já se passaram 20 anos desde a aprovação no Senado Federal do projeto para que o dia 08 de agosto fosse considerado oficialmente o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol Elevado. E desde então, esta data tem sido utilizada para campanhas de sensibilização da população sobre este assunto.
A atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017, traz evidências científicas que embasam as orientações nutricionais de prevenção em saúde cardiovascular. Esta diretriz, além de salientar os níveis de LDL e de HDL colesterol, fatores de risco e de proteção, respectivamente, traz a importância de controle do Colesterol Não HDL. Este, passa a ganhar importante valor preditivo, uma vez que mede o colesterol de todas as lipoproteínas potencialmente aterogênicas (as que têm apoproteína B em sua superfície, incluindo as lipoproteínas remanescentes), especialmente em indivíduos com TG elevados. Uma vez aumentado o Colesterol Não HDL, sinaliza a necessidade imediata de mudanças no estilo de vida.
Embora a genética desempenhe papel de risco na doença cardiovascular (DCV), a ingestão alimentar não saudável, a inatividade física e o tabagismo também podem afetar este risco de forma independente.
A adoção de estilo de vida favorável está associada a um risco relativo quase 50% menor de doença arterial coronariana do que o estilo de vida desfavorável.
A qualidade e a quantidade dos alimentos, em particular as fontes de gorduras (saturadas, trans, monoinsaturadas, polinsaturadas), influenciam tanto a patogênese quanto a prevenção das DCV. As Diretrizes internacionais preconizam retirada de ácidos graxos trans, redução do consumo de ácidos graxos saturados (AGS) e inclusão, em quantidades adequadas, de alimentos fontes de ácidos graxos insaturados. Estudos epidemiológicos mostram que tanto o excesso do consumo de AGS, como a insuficiência da ingestão de POLI associam-se ao aumento de risco cardiovascular.
Além disso, o efeito do consumo dos ácidos graxos depende ainda do perfil alimentar em que se inserem, visto que a substituição de AGS por carboidratos refinados pode aumentar o risco cardiovascular, reforçando a necessidade de orientações para um padrão alimentar saudável.
Vale ressaltar que nem todas as pessoas reagem da mesma forma ao consumo do colesterol alimentar, pois a resposta é altamente variável, dependendo de fatores genéticos e metabólicos, mas a recomendação foca na limitação de gorduras saturadas em menos de 10% ao dia, e que consequentemente, vai limitar também o colesterol alimentar.4
Sabemos que existem barreiras para obtenção de padrões alimentares saudáveis, dentre elas: custo, conveniência/tempo de preparo, preferências de gosto da família, tabus alimentares, desconhecimento do sabor de alguns alimentos e preparações repetitivas. Fica aqui o desafio para nós, nutricionistas, orientar a população para mudanças nestas escolhas alimentares, com o objetivo de adequação a um padrão alimentar saudável. Desta forma, auxiliaremos na prevenção do controle do colesterol bem como, de outras patologias associadas a má qualidade alimentar.”
Acesse a notícia completa na página do CRN-2.
Fonte: CRN-2.
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