Destaque

Conservação da biodiversidade, geração de renda e segurança alimentar são foco de pesquisa liderada pela APTA

Fonte

APTA | Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Data

quinta-feira, 18 fevereiro 2021 15:50

Pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo desenvolvem estudos que visam a restauração ecológica e florestal da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul, na região do Vale do Paraíba, aliando a geração de renda e segurança alimentar de famílias de agricultores. O projeto, que também tem foco em cálculos relacionados ao sequestro de carbono, é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo Fundo Mundial para o Ambiente (GEF) e prevê o plantio de espécies nativas de frutas e plantas de diferentes regiões do País por meio de várias técnicas, entre elas a chamada muvuca, uma espécie de “coquetel” de sementes.

O projeto é conduzido pelas unidades regionais da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) localizadas em Pindorama e Pindamonhangaba e conta com a participação da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA), de rede de agricultores agroflorestais, além de associações e organizações não governamentais. Ao todo, mais de cem famílias de agricultores participam dessa iniciativa, em área total de 15 hectares plantados e distribuídos em dezenas de módulos de cerca de 1.000 m² em áreas particulares nos municípios de Tremembé, Lagoinha, Cunha, São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra e São José dos Campos.

De acordo com o pesquisador Dr.Antonio Carlos Devide, da APTA Regional de Pindamonhangaba, o objetivo é fortalecer iniciativas em desenvolvimento e de forma colaborativa realizar pesquisas e disseminar o conhecimento sobre o plantio de espécies nativas da região em conjunto com frutíferas e culturas agrícolas, como a mandioca e a banana. Com isso, espera-se não apenas o reflorestamento de áreas, mas a geração de renda, emprego e segurança alimentar, além da inserção dos pequenos agricultores nas atividades de restauração ecológica.

“A técnica muvuca de sementes florestais, ou semeadura direta, é como um coquetel em que pegamos sementes de diversas árvores e adubação verde e misturamos para realizar o plantio. Junto com essas sementes, de diferentes regiões do País, inserimos espécies florestais que foram extintas na região. Nos dois primeiros anos do plantio, as culturas agrícolas podem gerar renda aos agricultores familiares, quando a floresta ainda não está formada. Os produtores podem colher esses alimentos para comer e vender. Quando a floresta se forma, eles ainda continuarão com fonte de renda, pois poderão colher os frutos de espécies nativas e alimentos da própria mata restaurada”, explica o pesquisador.

Essa mistura de floresta com produção de alimentos forma o chamado sistema agroflorestal (SAF), uma estratégia que pode conectar fragmentos de mata nativa. Nesse sistema, é possível inserir grãos, como o milho variedade ‘Palha Roxa’, originário de Cunha, e que está sendo multiplicado em Lagoinha e na APTA para servir como fonte de alimento e bioindicador do nível de fertilidade do solo, mandioca e até mesmo adubos verdes, que vão impedir a proliferação de capins indesejáveis na restauração florestal, como é o caso das braquiárias, possibilitando o controle sem uso de produtos químicos. Esses sistemas foram implantados em quatro assentamentos de reforma agrária e essas ações contaram com a supervisão do bolsista do projeto e biólogo Thiago Ribeiro Coutinho, que organizou brigadas de trabalhadores para consolidar as áreas de restauração com muvuca e SAF.

Coletores de sementes

Thiago Ribeiro é bolsista Fapesp do projeto da APTA e morador do assentamento Egídio Brunetto, em Lagoinha. Junto com outras 11 pessoas que moram no local, tem coletado sementes de espécies nativas para produção das muvucas. De acordo com Ribeiro, há cerca de cinco anos eles trabalham na coleta de sementes que auxiliam na viabilidade das implantações de Sistemas Agroflorestais pela Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, mas há dois anos essa ação se intensificou, já que para a realização da muvuca, são necessárias muitas sementes.

Acesse a notícia completa na página da APTA.

Fonte: Fernanda Domiciano, Assessoria de Imprensa – APTA.

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