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Bolsa de estudos permite intercâmbio que contribui para o controle da campilobacteriose
Quem quer fazer intercâmbio no exterior não pode deixar de conferir os editais anuais da Fundación Carolina, da Espanha. A dica é do biólogo Phelipe Augusto Peres, mestre em Ciências Veterinárias e doutorando do Programa de Genética e Bioquímica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) .
Beneficiado com uma bolsa que cobre despesas, seguro de saúde e passagens aéreas de ida e volta, ele pesquisa, na Universidade Autônoma de Barcelona, a bactéria do gênero Campylobacter. O microrganismo é responsável pela zoonose Campilobacteriose.
A Campylobacter é encontrada em carcaças de frango e é uma ameaça para a saúde pública e para a economia de diversos países, mas principalmente do Brasil ― o maior exportador do produto.
A bactéria, encontrada em todo o mundo, é capaz de causar diarreia forte em humanos ― muitas vezes com sangue ―, e pode levar ao desenvolvimento de doenças autoimunes, causando paralisias e até a morte, conta o pesquisador.
“Estudar Campylo no país ainda é caro e trabalhoso sem o investimento necessário, mas é muito importante para garantir a carne de frango saudável no prato dos brasileiros, já que é um alimento tão consumido em todo o país”, argumenta Peres. Segundo o doutorando, o investimento no controle da bactéria trouxe benefícios para a saúde e economia dos países europeus.
Desde que começou o intercâmbio como pesquisador visitante, em outubro do ano passado, Peres trabalha na identificação da bactéria em amostras de animais, incluindo de frangos, recebidas de vários pontos geográficos do planeta, como ilhas da Espanha e até da Antártica.
A pesquisa, desenvolvida no Institute of Agrifood Research and Technology (IRTA) / Centre de Recerca en Sanitat Animal (CReSA) sob orientação da doutora em Microbiologia Dra. Marta Cerdà Cuéllar, só é possível com a parceria de várias universidades que trabalham juntas para garanti-la.
“Conseguimos, então, observar a distribuição da bactéria pelo planeta e como são diferentes pelas regiões. Testamos as amostras para muitos antibióticos e também para produtos que possam controlar a bactéria no campo e ajudar os governos a colocar medidas de controle em todo o país”, relata o pesquisador.
Acesse a notícia completa na página da UFU.
Fonte: Marco Cavalcanti, UFU.
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