Notícia
Obesidade infantil pode aumentar o risco de esclerose múltipla
Estudo da Universidade Queen Mary de Londres prevê que obesidade de crianças e adolescentes contribua com até 14% do risco geral de esclerose múltipla em 2035
Freepik
Fonte
Universidade Queen Mary de Londres
Data
sexta-feira, 28 agosto 2020 14:35
Áreas
Nutrição Clínica
Estudos anteriores estimam que 53 % do risco de Esclerose Múltipla (EM) é diretamente atribuível a fatores ambientais e que até um em cada cinco casos de EM pode ser atribuído ao tabagismo. O tabagismo e o alto índice de massa corporal (IMC) são os principais responsáveis por muitas doenças não transmissíveis e causam morbidade e mortalidade prematuras significativas.
Um novo estudo, parcialmente financiado pela Barts Charity e envolvendo pesquisadores da Universidade Queen Mary de Londres, Barts Health NHS Trust e Universidade de Oxford, usou literatura publicada do Reino Unido, EUA, Rússia e Austrália para estimar e projetar a proporção de incidência de Esclerose Múltipla que pode ser atribuída a dois fatores de risco modificáveis: tabagismo e IMC elevado na infância e adolescência.
O estudo foi publicado na revista científica International Journal of Epidemiology e descobriu que, em 2015, cerca de 10% do risco de Esclerose Múltipla da população poderia ser atribuído ao tabagismo, mas que diminuirá em resposta à queda nas taxas de tabagismo. Por outro lado, a contribuição potencial da obesidade no início da vida para a incidência de EM está aumentando, porque uma proporção crescente da população nos países estudados é obesa. Embora as proporções variem entre os países, os mesmos padrões podem ser vistos em todo o mundo.
Em 2015, o IMC elevado no início da vida foi associado a um risco maior do que o tabagismo nos EUA e na Austrália, e um nível equivalente no Reino Unido. O risco de IMC elevado no início da vida é mais alto nos EUA (11%) e deve aumentar para 14% até 2035. No Reino Unido, o IMC elevado no início da vida representará 10% do risco populacional de Esclerose Múltipla em 2035.
Se essas observações forem confirmadas como causais, os autores dizem que a redução da prevalência desses fatores de risco modificáveis de estilo de vida provavelmente terá um impacto importante na incidência de EM, assim como em outras doenças não transmissíveis.
“Nossas descobertas destacam o potencial para reduzir a incidência de EM em todo o mundo com estratégias de saúde pública direcionadas. Não são apenas o câncer e as doenças cardíacas que são influenciados pelo fumo e pela obesidade – mudar o foco para doenças com início na idade adulta, como a esclerose múltipla, pode ter mais ressonância entre os mais jovens, cujas escolhas de estilo de vida terão um impacto sobre o risco de doenças futuras”, concluiu a Dra. Ruth Dobson, pesquisadora do Instituto de Medicina Preventiva da Queen Mary.
Acesse o resumo do artigo cientifico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Queen Mary de Londres (em inglês).
Fonte: Universidade Queen Mary de Londres. Imagem: Freepik.
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